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Estado de Minas

Em janeiro, produção atingiu a média mensal dos últimos 10 anos, diz Anfavea


postado em 06/02/2018 14:18

São Paulo, 06 - O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, comemorou nesta terça-feira, 6, que a produção de janeiro atingiu a média mensal do setor dos últimos 10 anos, ao chegar a 216,8 mil unidades. "Estamos saindo de uma fase mais depressiva do mercado para números mais importantes", afirmou o executivo.

Megale também destacou que janeiro foi o melhor mês para exportação de veículos, em número de unidades. Foram 47 mil unidades vendidas ao exterior no primeiro mês do ano. Além disso, ele ressaltou que, em valores, com o faturamento de US$ 1,03 bilhão, foi o segundo melhor mês de janeiro da história, atrás apenas de janeiro de 2012.

Em coletiva de imprensa que apresentou os números do primeiro mês de 2018, o presidente da Anfavea informou que os estoques, no fim de janeiro, eram suficientes para 38 dias de venda, considerando o ritmo do mercado verificado em janeiro. Em dezembro, considerando o ritmo de janeiro, para que base de comparação seja a mesma, os estoques davam para 36 dias de venda.

Rota 2030

Megale afirmou que espera que a aprovação ou o encaminhamento do Rota 2030 seja feito no fim de fevereiro ou em março. O governo federal tem dito que o anúncio do programa será feito em fevereiro e, no mês passado, Megale chegou a dizer que isso foi prometido a ele pessoalmente pelo presidente Michel Temer. É a primeira vez que o presidente da Anfavea fala em março.

O executivo evitou dizer que o programa já está praticamente pronto. "O que estamos vendo é que do ponto de vista do governo há um entendimento da necessidade de ter uma política do setor", disse.

O Rota 2030 é a nova política setorial que está sendo elaborada pelo governo para substituir o Inovar-Auto, que expirou em 31 de dezembro de 2017. O novo programa deveria ter entrado em vigor em 1º de janeiro de 2018, mas há desentendimentos no governo em relação a alguns itens.

Argentina

O presidente da Anfavea disse que vê com preocupação a medida do governo argentino de cobrar garantias das montadoras que estão exportando mais do que prevê o acordo comercial para o setor entre os dois países. "É uma medida que preocupa porque as empresas podem acabar tendo que rever os seus programas de exportação e isso não é bom para a indústria brasileira", afirmou o executivo.

Megale, no entanto, ponderou que a preocupação não é maior porque o acordo dura cinco anos e em razão disso esse assunto não deveria estar sendo discutido agora. "Enquanto nós não esgotarmos o acordo, não deveríamos estar falando disso", declarou. O acerto com a Argentina vai até junho de 2020 e diz que, para cada US$ 1 que a Argentina exporta para o Brasil, o Brasil pode exportar US$ 1,5 para o mercado argentino.

O governo argentino, preocupado com as montadoras que estão superando essa relação, decidiu cobrar agora garantias das empresas equivalentes às multas que seriam pagas pelo excesso só depois do fim do acordo. Megale procurou minimizar esse excesso, argumentando que os últimos meses já mostram uma estabilização. "E à medida que os investimentos na Argentina se consolidem e o mercado brasileiro cresça, isso tende a se reverter", disse.

Previdência

O presidente da Anfavea afirmou também que, se a questão da Previdência não for equacionada por meio da reforma que o governo enviou ao Congresso, haverá uma bomba-relógio na mão. "E o investidor internacional está olhando isso", alertou o executivo, em coletiva de imprensa que apresentou os números do setor automotivo em janeiro.

"Temos grande esperança que uma luz vai iluminar os congressistas, mesmo que seja para uma reforma incompleta, parcial", disse o presidente da Anfavea. "Não é um desejo, é uma necessidade", declarou.

(André Ítalo Rocha)


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