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Estado de Minas

GuardeAqui vai investir R$ 1 bilhão no Brasil

Pioneira no mercado de self-storage, como são chamados os espaços de armazenamento de pertences, empresa inaugura unidade em Brasília e planeja dobrar de tamanho até 2020


postado em 11/01/2018 12:00 / atualizado em 11/01/2018 09:10

"É um negócio que ainda tem muito a crescer. E uma das vantagens é que não tem burocracia. (...) O segredo é combinar localização, fácil acesso e visibilidade" - Allan Paiotti, presidente da empresa (foto: Divulgação)

São Paulo – Ainda pouco conhecido dos brasileiros, o mercado de autoarmazenamento, ou self-storage, começa a ganhar volume no Brasil. Regulamentada primeiro em São Paulo, e na esfera federal somente em 2013, a atividade de aluguel de espaços privados (boxes) para armazenamento de objetos pessoais ou de empresas vem crescendo rapidamente e conquistando usuários dos antigos guarda-móveis. É o caso da GuardeAqui, uma das pioneiras do mercado de locação individual no Brasil, que está inaugurando uma nova unidade na capital federal e tem planos de investir R$ 1 bilhão até 2020 para dobrar de tamanho.

A GuardeAqui é controlada pelos fundos Equity International, do bilionário americano Sam Zell, e Pátria Investimentos, que entrou recentemente no negócio. A empresa opera 21 unidades, quatro ainda em fase de finalização, localizadas em nove cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, além do Distrito Federal. Entre 2005 e 2008, o negócio engatinhava no Brasil.

Nessa época, a GuardeAqui operava com três prédios apenas na capital paulista, somando 24 mil metros quadrados. Atualmente, as 21 unidades somam 230 mil metros quadrados de área total. “É um negócio que ainda tem muito a crescer. E uma das vantagens é que não tem burocracia. O cliente escolhe o tamanho do seu espaço, paga e usa o boxe por um mês, ou pelo tempo necessário. O aluguel é renovado automaticamente, enquanto não houver desistência”, diz Allan Paiotti, presidente da empresa.

Segundo o executivo, o plano de expansão que começou a ser tocado no ano passado prevê a inauguração de seis a oito prédios por ano nas regiões Sul e Sudeste do país, além da ampliação dos negócios na capital federal. A princípio, o foco são as capitais da Região Sul, onde a GuardeAqui não tem presença. Nessas operações, a ideia é investir entre R$ 20 milhões e R$ 25 milhões em cada nova operação, que contará com 5 mil metros quadrados e até 700 boxes.

Por enquanto, Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS) terão prioridade em receber investimentos pelo fato de a legislação de zoneamento ser mais branda. “O segredo é combinar localização, fácil acesso e visibilidade”, diz o executivo, lembrando que a programação visual das fachadas dos prédios de autoarmazenamento é muito importante para comunicar o conceito do negócio.

Os valores dos aluguéis são calculados pelo número de metros quadrados, que variam de acordo com o estado: no Rio, entre R$ 80 e R$ 85 o metro quadrado. Em São Paulo, R$ 70. Em Brasília, entre R$ 90 e R$ 100. Atualmente, 60% dos clientes são pessoas físicas, que utilizam o espaço para guardar móveis, carros e motos, entre outros objetos pessoais. No caso das empresas, que respondem por 40% dos aluguéis, são armazenados desde mobiliário, arquivos mortos e documentos de escritórios de contabilidade até exames laboratoriais, que precisam ser preservados por até 20 anos. Também há empresas que utilizam o espaço para armazenar estoques.

Os tamanhos dos boxes variam de dois a 70 metros quadrados. Num espaço de nove metros quadrados, por exemplo, é possível armazenar uma mobília desmontada equivalente a um apartamento de 70 metros quadrados. A unidade em Brasília conta com 530 boxes que, segundo o executivo, seguem os melhores padrões internacionais de self-storage. A segurança também é um diferencial da unidade: o acesso aos boxes é feito por meio de códigos e chaves de acesso individuais dos clientes, assegurando que apenas o locatário possa acessar o seu box. Todo o ambiente também é monitorado com câmeras de vigilância 24 horas. “Comodidade, segurança, praticidade e qualidade são as marcas dessa nova unidade” diz o CEO Allan Paiotti.

Memória

Negócio centenário


O conceito de self-storage surgiu nos Estados Unidos em 1889, em terrenos da zona rural das grandes cidades como forma de aumentar a renda de camponeses americanos. Eles ofereciam pequenas garagens para armazenamento de móveis e objetos. A partir de 1960, a prática de autoarmazenamento começou a se popularizar e chegou às grandes cidades. Nessa época, os imóveis ficaram cada vez menores, além de mais caros, e a necessidade de um espaço para guardar os pertences com segurança e qualidade aumentou. A partir daí, o self-storage se tornou popular no Canadá, Austrália e vários países da Europa. Em 2014, o setor movimentou US$ 24 bilhões no mercado americano. Em 1996, a tendência chegou ao Brasil, puxada pela redução dos espaços nas residências. Atualmente, não há dados confiáveis sobre o setor, mas estima-se que existam 300 prédios utilizados para self-storage, numa área total de 300 mil metros quadrados destinados a esse tipo de negócio. Nos EUA, os números são gigantescos: 60 mil prédios destinados à locação de espaços individuais.

 


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