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Estado de Minas

BNDES: comparativo do lucro do 3º trimestre foi impactado por crédito tributário


postado em 10/11/2017 18:31

Rio, 10 - A queda de 71,04% no lucro líquido do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no terceiro trimestre ante igual período de 2016, para R$ 1,857 bilhão, deveu-se, principalmente, à elevada base de comparação com o ano passado, afirmou nesta sexta-feira, 10, a superintendente da Área de Controladoria da instituição de fomento, Vania Borgerth. A executiva lembrou que o lucro do terceiro trimestre de 2016 foi inflado por um crédito tributário de R$ 4,5 bilhões.

"Foi um efeito extraordinário e não recorrente. Se expurgarmos esse efeito, o resultado (da variação do lucro do terceiro trimestre de 2017 ante igual período de 2016) poderia ser consideravelmente superior", disse Vânia, em teleconferência com jornalistas.

A superintendente afirmou também que a devolução antecipada de R$ 33 bilhões da dívida com o Tesouro Nacional teve efeito nulo no resultado financeiro, sem impacto no lucro. Todas as referências nas demonstrações financeiras do BNDES à antecipação ao Tesouro dizem respeito ao resultado patrimonial, explicou Vania.

Após pedido do Ministério da Fazenda, o BNDES devolveu antecipadamente R$ 50 bilhões ao Tesouro Nacional. Em setembro, foram antecipados R$ 33 bilhões - outros R$ 17 bilhões foram devolvidos em outubro, mas não tiveram impacto nos resultados do terceiro trimestre. Com a devolução de setembro, o BNDES encerrou o terceiro trimestre com ativos totais de R$ 868,5 bilhões, queda de R$ 7,561 bilhões, ou 0,9%, em relação ao fechamento de 2016.

Vania confirmou que, mesmo após a devolução antecipada dos R$ 33 bilhões, a disponibilidade financeira do caixa do BNDES encerrou o terceiro trimestre em torno de R$ 170 bilhões. A executiva ponderou, porém, que esse valor não está totalmente disponível para devolução ao Tesouro Nacional, tendo em vista que o banco tem obrigações futuras com empréstimos já contratados e que esse valor inclui títulos que não podem ser vendidos imediatamente.

A superintendente do BNDES destacou ainda o efeito positivo no resultado do terceiro trimestre da redução nas provisões para risco de crédito. Nos nove primeiros meses de 2016, as provisões somaram R$ 7 bilhões, mas recuaram para R$ 5,6 bilhões de janeiro a setembro deste ano. Segundo Vania, isso se deve à queda na inadimplência, cuja taxa caiu de 2,45% no encerramento do segundo trimestre deste ano para 1,83% no fim do terceiro trimestre. "A tendência da inadimplência é de queda", afirmou Vania.

(Vinicius Neder)


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