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Estado de Minas

Estádio do Galo desperta expectativa de bons negócios entre comerciantes

Empresários do Bairro Califórnia fazem planos para expandir as vendas e moradores já esperam melhorias antes mesmo de aprovada na Câmara construção de campo do Atlético


postado em 24/09/2017 06:00 / atualizado em 24/09/2017 07:38

Bairro que vai abrigar Arena MRV enfrenta deficiências no sistema de iluminaçãopública e carece até mesmo de posto de saúde(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Bairro que vai abrigar Arena MRV enfrenta deficiências no sistema de iluminaçãopública e carece até mesmo de posto de saúde (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Não foram apenas os torcedores do Atlético que comemoraram a aprovação do projeto para um novo estádio do clube em Belo Horizonte. Enquanto a discussão sobre a construção da Arena MRV – o novo campo do Galo, que leva o nome de um dos patrocinadores do time, a MRV Engenharia – começa a tramitar na Câmara Municipal, os vizinhos do futuro empreendimento, no Bairro Califórnia, Zona Noroeste da Capital, fazem planos para ampliar seus negócios. A ideia de comerciantes e moradores é aproveitar o aumento do público em dias de jogos e criar opções para incrementar a renda.

Dona de restaurante, Iris Silva quer instalar balcão de frente para a rua e criar versão do tradicional feijão-tropeiro(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Dona de restaurante, Iris Silva quer instalar balcão de frente para a rua e criar versão do tradicional feijão-tropeiro (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Depois do sinal verde dado pelo conselho deliberativo do clube, o projeto precisa agora ser aprovado pelos vereadores e liberado pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente e Secretaria de Regulação Urbana. A previsão é de que as obras comecem no primeiro semestre de 2018 e sejam concluídas no fim de 2020. Nas ruas vizinhas ao futuro estádio, a expectativa já é grande por melhorias na infraestrutura do bairro e pelo crescimento do comércio, que se restringe a poucas lojas, dois restaurantes e pequenos bares.

Dona de um restaurante que fica a dois quarteirões do terreno onde deve ser construída a Arena MRV, a comerciante Iris Mariana da Silva tem muitas ideias para turbinar o negócio. Além da pretensão de instalar um balcão voltado para a rua e assim atender os torcedores em dias de jogos, ela quer ampliar o cardápio e criar versões de tira-gostos já consagradas nas arquibancadas mineiras, como espetinhos e o tradicional feijão-tropeiro. “Tropeiro bom não vai faltar por aqui de jeito nenhum”, promete.

Antes mesmo da aprovação do projeto, Iris procurou conhecidos que trabalham com bares no Mineirão para entender como funciona o comércio voltado ao público do futebol. A comerciante aposta que os benefícios com a construção do estádio para o bairro serão maiores do que os eventuais problemas.

“Teremos prós e contras, como em tudo na vida. Hoje, temos um bairro ilhado, com poucas opções de serviços. Não temos açougue, farmácia ou supermercado. Vejo uma boa oportunidade para o comércio, que pode crescer e gerar muitos empregos. Mas o receio é com a questão da marginalidade, que também pode aumentar”, avalia Iris.

Para Eduardo Lara França, dono de uma oficina mecânica no Califórnia, o empreendimento representará mudança de status para toda a região. Ele também pensa em maneiras de aumentar a renda em dias de jogos e aproveitar o espaço de sua loja para atender ao público. No entanto,  preocupa-se também com os problemas deixados após as partidas.

“O bairro hoje quase não oferece serviços. É difícil até achar uma padaria por aqui. A construção do estádio poderá melhorar acessos de trânsito e a qualidade das ruas. Por outro lado, como já vi em jogos no Independência (estádio atual onde o time disputa seus jogos), no bairro a sujeira deixada depois dos jogos é horrível. Muitos torcedores usam portas de casas como banheiro e não pensam que no dia seguinte os moradores têm de limpar a bagunça”, avalia Eduardo.

O PROJETO

•Estrutura

»  Terá capacidade para acomodar 41,8 mil torcedores, sendo 8 mil na geral; 21 mil lugares na arquibancada e 12,8 mil nas cadeiras VIP, cativas, camarotes e lounges

•Custo

»  R$ 410 milhões

•Financiamento


»  O imóvel foi doado pela MRV Engenharia e está avaliado em R$ 50 milhões. A doação foi condicionada à construção do estádio e a empresa garantiu ao clube o pagamento de R$ 60 milhões, para dar sua marca ao estádio.

» Outros R$ 100 milhões serão garantidos pelo Banco BMG em cadeiras cativas que serão
ofertadas a torcedores e camarotes

» A venda de 50,1% do shopping Diamond Mall pelo clube está estimada em R$ 250 milhões

•Gestão

» Será integralmente feita pelo clube

Fonte: Clube Atlético Mineiro


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