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Estado de Minas

Braskem avalia mudar sua sede para os EUA


postado em 04/08/2017 09:19

A petroquímica Braskem avalia, dentro da rediscussão de seu acordo de acionistas, mudar sua sede e a negociação de suas ações para os Estados Unidos - hoje, a companhia já tem ADRs listados em Nova York. Segundo apurou a reportagem, esta é uma das propostas que estão na mesa no debate que visa a mudar regras internas para garantir a valorização do ativo - avaliado hoje em R$ 28,9 bilhões - e uma rentabilidade maior na venda da fatia da Petrobrás, que é sócia do Grupo Odebrecht na Braskem.

Uma fonte de mercado afirmou que a ideia sobre a eventual transferência da Braskem para os Estados Unidos ainda é preliminar e faz parte das propostas que os bancos estão apresentando como alternativa para maximizar o valor da companhia em um momento em que uma participação relevante será vendida. Nenhum banco foi escolhido, até o momento, para comandar a operação. Procurada, a petroquímica não comentou.

A Odebrecht é detentora de 50,1% das ações com direito a voto da companhia, enquanto a Petrobrás concentra 47%. Considerando o capital total, Braskem e Petrobrás têm, juntas, cerca de 75% - o restante é negociado em Bolsa. Embora a estatal tenha manifestado sua intenção de deixar o negócio, a Odebrecht vê o ativo como sua "joia da coroa", especialmente depois que sua empreiteira diminuiu de tamanho.

Unificação

Dentro das discussões do novo acordo de acionistas, outro tema é a unificação das ações da Braskem - o que diminui as diferenças de poder entre os acionistas. É um movimento que agrada ao mercado e que está sendo empreendido atualmente pela mineradora Vale. Também neste caso, trata-se de uma proposta em debate, e não de um martelo batido.

A ideia de mudar a operação para os Estados Unidos, segundo uma fonte, faria sentido dentro da estrutura atual da companhia, que já arrecada mais de 50% de sua receita total fora do País. A empresa anunciou, no fim de junho, um investimento de US$ 2,2 bilhões para a construção de sua sexta fábrica nos Estados Unidos. O objetivo é que a unidade, a ser erguida em La Porte, no Texas, entre em operação em 2020.

"No curto e médio prazos, a proporção do Brasil (na receita) tende a diminuir. Para aumentarmos capacidade de produção, precisamos de demanda local. Lá fora tem demanda e também matéria-prima competitiva, com contratos longos, de até 20 anos", afirmou o presidente da Braskem, Fernando Musa, em entrevista que concedeu ao

Estado

, em abril. "A Braskem, nos próximos cinco ou dez anos, vai investir fora do Brasil. Por aqui, os investimentos serão incrementais, mas sem um salto relevante." As informações são do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Fernando Scheller e Renée Pereira)


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