O presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Junior, reafirmou nesta quinta-feira a confiança no futuro do estado e do país, ressaltou a capacidade e o esforço dos empresários para a retomada da economia e cobrou agilidade da Justiça nas investigações sobre corrupção. Em discurso na solenidade de encerramento da Semana da Indústria, o dirigente reconheceu que as comemorações ocorrem em um “cenário que não é exatamente o que gostaríamos de ver em nosso país”, mas exaltou o “firme compromisso” dos industriais e criticou generalizações e injustiças.
Para o presidente da Fiemg, “não é justo, e nem é correto, 'carimbar' milhares de empresas e de empresários pelos erros e crimes cometidos por um grupo reduzido de pessoas e organizações que se locupletam com o assalto cometido contra o erário.” Olavo destacou que “a realidade está nos mostrando que quem paga esta conta são exatamente as empresas que trabalham com idoneidade e que, mesmo correndo o risco de morrer, não se afastam da convicção de que empresas verdadeiramente cidadãs são aquelas que pautam sua atuação por valores éticos e de absoluta responsabilidade social empresarial. Quem está pagando esta conta são os 14 milhões de trabalhadores que perderam os seus empregos. Esta é a realidade.!”
Durante o discurso, o dirigente disse esperar “celeridade do Judiciário, desde a primeira instância até a Suprema Corte” e citou o Plano de Regularização de Créditos Tributários, encaminhado à Assembleia de Minas Gerais pelo governador Fernando Pimentel, como medida essencial para o funcionamento e competitividade das empresas mineiras.
Prêmios Encerrada ontem, a Semana da Indústria, promovida pela Fiemg, contou com painéis de debate, exposições de tecnologia e eventos culturais. Premiou também os destaques do segundo setor e no estado e no país. Rubens Menin, presidente da MRV, levou o prêmio de Industrial do Ano de 2017. Já Aguinaldo Diniz, vice-presidente da Fiemg, recebeu a Comenda do Mérito Industrial da Confederação Nacional da Indústria. Outros 14 empresários de diversas áreas de atuação e regiões do estado foram homenageados no evento (veja ao lado).
Também durante a semana, especialistas das áreas econômica, política, jurídica e industrial discutiram o futuro do país. Lincoln Fernandes, vice-presidente da Fiemg, relembrou: "Independentemente do caos (político), continuamos com 14 milhões de desempregados, algo precisa ser feito". Aspectos como tributos, infraestrutura, educação e tecnologia foram diagnosticados como alguns dos pontos que necessitam ser melhorados.
