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Estado de Minas

Crise leva ao desemprego em Montes Claros

Pesquisa da Unimontes traçou o perfil dos desempregados em Montes Claros


postado em 16/02/2017 06:00 / atualizado em 16/02/2017 12:07

Mon­tes Cla­ros – A cri­se eco­nô­mi­ca pro­vo­ca uma re­du­ção dos pos­tos de tra­ba­lho, afe­tan­do, prin­ci­pal­men­te, mu­lhe­res en­tre 30 e 39 anos e ho­mens en­tre 25 e 29 anos, de mé­dia es­co­la­ri­da­de, com bai­xos sa­lá­ri­os (en­tre 0,5 e 1,5 sa­lá­rio mí­ni­no) e com pou­co tem­po de serviço. É o que re­ve­la pes­qui­sa do de­par­ta­men­to de Ad­mi­nis­tra­ção da Uni­ver­si­da­de Es­ta­du­al de Mon­tes Cla­ros (Uni­mon­tes) que me­diu as con­tra­ta­çõ­es e de­mis­sõ­es no mer­ca­do for­mal de tra­ba­lho de Mon­tes Cla­ros (de 384 mil ha­bi­tan­tes, quin­ta mai­or ci­da­de do es­ta­do) nos úl­ti­mos dois anos.

Ba­se­a­do nas in­for­ma­çõ­es do Ca­das­tro Ge­ral de Em­pre­ga­dos e De­sem­pre­ga­dos (Ca­ged), do Mi­nis­té­rio do Tra­ba­lho e Em­pre­go (MTE), o es­tu­do mos­tra que, nos úl­ti­mos dois anos, o mu­ni­cí­pio te­ve um re­sul­ta­do ne­ga­ti­vo en­tre as ad­mis­sõ­es e de­mis­sõ­es de tra­ba­lha­do­res com car­tei­ra assinada. Em 2016, hou­ve uma que­da de 2,1% no mer­ca­do de tra­ba­lho em re­la­ção a 2015, com a per­da de 1.910 pos­tos de trabalho.

Em de­zem­bro de 2015, Mon­tes Cla­ros con­ta­va com 89.941 tra­ba­lha­do­res “fi­cha­dos”, nú­me­ro que caiu pa­ra 88.061 em de­zem­bro de 2016. A pes­qui­sa tam­bém re­ve­la uma que­da de 0,9% no mer­ca­do de tra­ba­lho do mu­ni­cí­pio en­tre de­zem­bro de 2014 (90.797) e de­zem­bro de 2015 (89.941), com 856 em­pre­gos a menos.

Se­gun­do o es­tu­do, du­ran­te o mês de de­zem­bro de 2016, hou­ve o fe­cha­men­to de 557 pos­tos de tra­ba­lho no mer­ca­do for­mal de Mon­tes Cla­ros (2.419 des­li­ga­men­tos con­tra 1.862 con­tra­ta­çõ­es). “Foi o pi­or re­sul­ta­do do ano e tam­bém o pi­or pa­ra o mês de de­zem­bro nos úl­ti­mos qua­tro anos”, afir­ma o pro­fes­sor Ro­gé­rio Mar­tins Fur­ta­do de Sou­za, que re­a­li­zou a pes­qui­sa, co­or­de­na­da pe­lo pro­fes­sor Ro­ney Ver­si­a­ne Sindeaux. O le­van­ta­men­to foi de­sen­vol­vi­do pe­lo Ob­ser­va­tó­rio do Tra­ba­lho do Nor­te de Mi­nas, vin­cu­la­do ao Gru­po de Es­tu­dos de Pes­qui­sas em Ad­mi­nis­tra­ção (Ge­pad) da Unimontes.

Con­for­me Ro­gé­rio, das pes­so­as ad­mi­ti­das, 53% são do se­xo mas­cu­li­no e 47% do se­xo feminino. En­tre des­li­ga­dos dos pos­tos de tra­ba­lho na ci­da­de em de­zem­bro, 55,6% são do se­xo mas­cu­li­no e 44,4% do se­xo feminino. En­tre aque­les fi­ca­ram de­sem­pre­ga­dos em de­zem­bro de 2016 na ci­da­de, 55,6% são do se­xo mas­cu­li­no e 44,4% do se­xo feminino. Das pes­so­as ad­mi­ti­das, 53% são do se­xo mas­cu­li­no e 47% do se­xo feminino. A pes­qui­sa da Uni­mon­tes apon­ta que a mai­or par­te das de­mis­sõ­es foi fei­ta por em­pre­sas de por­te mé­dio do se­tor de serviços. A mai­o­ria dos tra­ba­lha­do­res de­mi­ti­dos re­ce­bia en­tre 0,5 e 1,5 sa­lá­rio mí­ni­mo e 72% de­les ti­nham me­nos de dois anos de con­tra­to de trabalho.

Pre­fe­ri­dos Quan­to aos no­vos pos­tos, em de­zem­bro de 2016, o per­fil do tra­ba­lha­dor que ob­te­ve o me­lhor re­sul­ta­do na re­la­ção en­tre ad­mis­sõ­es e des­li­ga­men­tos foi cons­ti­tuí­do por ho­mens en­tre 18 anos e 24 anos, com en­si­no mé­dio com­ple­to, con­tra­ta­dos, prin­ci­pal­men­te, por mi­cro­em­pre­sas do co­mér­cio, com ren­di­men­to sa­la­ri­al en­tre 1,01 e 1,5 sa­lá­rio mínimo. “Per­ce­be-se que as em­pre­sas, quan­do con­tra­tam, vêm op­tan­do por tra­ba­lha­do­res mais jo­vens (en­tre 18 e 24 anos), com me­lhor es­co­la­ri­da­de, dis­pos­tos a re­ce­ber até 1,5 sa­lá­rio mínimo.


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