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Estado de Minas

Área têxtil vê recuperação


postado em 27/01/2017 00:12

São Paulo – A produção brasileira de têxteis e peças de vestuário pode voltar a crescer em 2017, após uma retração no ano passado. A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) prevê crescimento de 1% no volume de produção tanto de materiais têxteis como de vestuário. Em 2016, houve uma queda de 6,7% na quantidade de peças de vestuário produzidas. O volume terminou o ano em 5,41 bilhões de peças. Já a fabricação fios e tecidos caiu 5,3% no ano passado, chegando a 1,7 milhão de toneladas. A perspectiva mais positiva para 2017 é justificada por uma expectativa melhor do cenário da economia brasileira.

A tendência de queda das taxas de juros e de que a inflação fique mais próxima do centro da meta são citadas pela Abit como elementos favoráveis ao setor, embora haja incertezas no horizonte do mercado doméstico e externo. O recuo na produção em 2016 ocorreu em meio à retração do mercado doméstico e também das exportações. O volume de exportação recuou 3,7% no ano passado, chegando a 199 mil toneladas de produtos têxteis e de vestuário. A retração do varejo também fez com que as importações fossem menores. Elas recuaram 2,3% em volume, chegando a 1,1 milhão de toneladas.

A Abit projeta ainda uma melhora nos investimentos do setor depois de uma forte queda no ano que passou, muito embora não se espere que os investimentos voltem ao patamar pré-crise. Em 2016, as indústrias têxteis e de confecção investiram cerca de R$ 1,67 bilhão em máquinas e equipamentos, uma retração de 25,5% na comparação com o ano anterior. Este ano, a Abit espera investimentos de R$ 1,75 bilhão, um crescimento de 4,8% ante 2016, mas ainda abaixo do patamar de mais de R$ 2 bilhões de anos anteriores.

Efeito Trump A postura mais hostil do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nas relações comerciais com a China pode atingir a América Latina e é uma preocupação para um setor que convive em peso com as importações chinesas: a indústria têxtil. O presidente da Abit, Fernando Pimentel, avalia que eventuais barreiras dos EUA para entrada de produtos chineses no país podem elevar a disponibilidade deles no Brasil. “Ninguém sabe muito bem qual será o desdobramento desse possível embate entre China e Estados Unidos, mas se Trump enfrentar a China, sobretaxar produtos, isso cria oportunidades e ameaças”, considerou Pimentel. “Qualquer 10% de produto chinês que os norte-americanos não comprarem e que venham para o mundo, têm um impacto grande”, concluiu.


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