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Estado de Minas

Operação investiga sonegação em restaurantes de ex-deputado mineiro


postado em 26/01/2017 11:28 / atualizado em 26/01/2017 16:31

Operação contra sonegação deflagrada hoje investiga ex-deputado(foto: Jair Amaral)
Operação contra sonegação deflagrada hoje investiga ex-deputado (foto: Jair Amaral)
O Ministério Público, a Secretaria da Fazenda e a Polícia Civil realizaram hoje uma operação conjunta, batizada de Datus, para desbaratar um esquema de sonegação fiscal praticada por um grupo de cerca de quatro bares e restaurantes da zona Sul de Belo Horizonte. Entre os alvos dessa operação estão o ex-deputado estadual Jayro Lessa (DEM) e seu filho Allysson Lessa.

Os dois atuavam nesse ramo de bares e restaurantes de luxo na capital mineira, entre eles o Dádiva, que fechou as portas em 2014. A sonegação investigada seria referente ao período de 2013 quando a família admistrava os restaurantes Tizé, Maria de Lourdes, Rokkon e Dádiva. O nome da operação é uma referência a essa último restaurante, cujo tradução em latim é datus.

Com exceção do Dádiva, todos os outros estabelecimento estão funcionando, mas não pertencem mais a família Lessa. A investigação diz respeito apenas ao tempo em que os Lessa administravam esses estabelecimentos.

Durante a operação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nas residências dos dois e em uma das empresas deles, a revendedora de automóveis Cardiesel.

A ação, segundo o MP, busca comprovar o envolvimento direto dos dois na gestão temerária das empresas que encerraram irregularmente suas atividades deixando em aberto passivo tributário de cerca de R$ 8 milhões. Em 2012, o grupo já tinha sido autudo por sonegação.

Segundo as investigações, além da venda de mercadorias sem emissão de documento fiscal e da falta de recolhimento do ICMS declarado, os investigados teriam simulado transações imobiliárias com o objetivo de blindar patrimônio e utilizado de laranjas para ocultar do fisco a real propriedade dos restaurantes.

O ex-deputado nega que haja sonegação fiscal. Segundo ele, um dos restaurantes quebrou e não teve como pagar um dívida com o fisco estadual. “Dívida assumida e declarada. Isso não é sonegação”, afirma. Jayro classificou a operação como “uma maldade” contra sua família. “A gente não precisava passar por esse constrangimento”.

Para Jayro, o fisco quer forçar que ele pague um dívida de seu filho, pois sabe que ele tem dinheiro. Ele também nega a transferência de imovéis para laranjas e diz que nunca foi sócio oculto dos restaurantes registrados em nome do filho.
Na última eleição, Jayro Lessa, que foi deputado estadual por três mandatos, não disputou a reeleição.

Na última eleição, Jayro Lessa, que foi deputado estadual por três mandatos, não disputou a reeleição para, segundo ele, se dedicar mais aos seus negócios. 


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