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Estado de Minas

Dyogo: 58% do orçamento da Seguridade Social vai para a Previdência


postado em 16/12/2016 16:07

Brasília, 16 - O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou nesta sexta-feira, 16, que a reforma da Previdência é necessária para impedir que a área continue tomando recursos de outros campos da seguridade social. "Quanto mais gastarmos com Previdência, menos vai sobrar para as demais áreas", disse o ministro, citando a saúde e a assistência social.

Oliveira convocou coletiva para divulgar dados da Seguridade Social e rebater informações divulgadas em redes sociais criticando a proposta do governo. "Circulam nas redes sociais informações equivocadas de que não há déficit na Previdência", disse.

Em 2000, 51% do orçamento da Seguridade Social ia para a Previdência. Neste ano, esse patamar foi para 58%. Se tivesse mantido a mesma proporção, R$ 60 bilhões poderiam ser alocados em outras áreas de atendimento ao cidadão, disse o ministro. "Há necessidade de reforma da Previdência para que ela não continue esse processo de tomar espaço de outras áreas da seguridade."

Segundo Oliveira, de 2012 para cá houve aceleração muito forte do resultado negativo da Seguridade Social, provocada principalmente pela Previdência. Em 2002, as despesas eram 11,4% do PIB, mas passaram a 13,8% neste ano (12 meses até outubro). Já as receitas estão em 9,9% do PIB, patamar idêntico ao de 2002.

Mesmo que não houvesse a Desvinculação de Receitas da União (DRU), o ministro ressaltou que ainda assim haveria déficit de R$ 157 bilhões na Seguridade Social em 12 meses até outubro deste ano. "Hoje na realidade o Tesouro está complementando recursos necessários para financiamento da seguridade social. A Previdência está retirando capacidade de financiamento das demais áreas", disse Oliveira.

Segundo o ministro, a coletiva foi convocada para "enriquecer" o debate sobre a reforma da Previdência e sua importância para a sustentabilidade das contas públicas. "Orçamento tem limite, não dá para trabalhar a partir da suposição de que despesas são ilimitadas", afirmou.

Oliveira também defendeu a criação do teto de gastos federais. "Teto de gastos traz esse conceito mínimo e razoável de gestão", disse.


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