O Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado caiu 3,8% em relação a 2014. A queda registrada pelo IBGE é a maior da série histórica iniciada em 1996. Considerando a série anterior, é a maior queda desde 1990, quando o recuo foi de 4,3%. A queda do PIB resultou do recuo de 3,3% do valor adicionado a preços básicos e da contração de 7,3% nos impostos sobre produtos. Nessa comparação, a Agropecuária (1,8%) apresentou expansão, e a Indústria (-6,2%) e os Serviços (-2,7%) caíram. Em 2015, o PIB totalizou R$ 5,9 trilhões (valores correntes). O PIB per capita ficou em R$ 28.876 em 2015, com queda de 4,6%, em volume, em relação ao ano anterior.
Com esse resultado, a economia do Brasil deve ter o segundo pior desempenho entre os países da América Latina, ficando atrás apenas da Venezuela, cujo PIB deve recuar 10%, segundo previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI). Entre os Brics, o Brasil deverá ter a queda mais acentuada.
Indústria
Na Indústria, a maior queda se deu na Extrativa mineral: retração de 6,6%. A Indústria de Transformação, que recuou 2,5%, apresentou resultado negativo pelo quinto trimestre consecutivo. Já a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (1,7%) e a Construção (0,4%) registraram variação positiva.
Nos Serviços, apenas as Atividades imobiliárias (0,5%) apresentaram resultado positivo no trimestre. As demais atividades sofreram retração em relação ao trimestre imediatamente anterior: Comércio (-2,6%), Administração, saúde e educação pública (-2,0%), Transporte, armazenagem e correio (-1,7%), Outros serviços (-1,2%), Serviços de informação (-0,9%) e Intermediação financeira e seguros (-0,2%). O Gráfico I.1, a seguir, apresenta as variações em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Exportações
No que se refere ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram variação negativa de 0,4%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços recuaram 5,9% em relação ao terceiro trimestre de 2015.