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Estado de Minas

Crédito que antecipa 13º encarece, mas troca de dívida deve garantir demanda

Três bancos já abriram suas linhas específicas para antecipação do pagamento do benefício


postado em 15/01/2016 15:19 / atualizado em 15/01/2016 15:41

O crédito que antecipa o 13º salário está mais caro, mas os bancos esperam demanda que sustente expansão de dois dígitos este ano, ainda que o apetite dos brasileiros seja menor por conta da recessão no País. A expectativa das grandes instituições, que começam a liberar essa linha para clientes que têm folha de pagamento com o banco, é que o desempenho seja garantido pela possibilidade de usar esses recursos para quitar dívidas com juros maiores e ainda fazer frente às despesas de início de ano.

Banco do Brasil, Bradesco e Santander já abriram suas linhas específicas para antecipação do 13º salário. O Itaú Unibanco informou que ainda não deu início à concessão de recursos com essa modalidade de crédito neste ano. Em geral, os bancos financiam até 80% do pagamento e os juros, ainda mais altos este ano por conta do aumento da Selic, hoje em 14,25%, variam em cada instituição e dependem do tempo de relacionamento do cliente com o banco. São, porém, menores que em outras linhas de crédito, uma vez que contam com a garantia do salário e, consequentemente, baixa inadimplência.

O BB espera liberar R$ 2,6 bilhões em crédito que antecipa o 13º salário neste ano, montante 10% maior que o liberado em 2015, quando o banco concedeu R$ 2,3 bilhões em novos empréstimos. No seu radar estão, principalmente, servidores federais e estaduais e aposentados do INSS. Juntos, representam 85% dos tomadores dessa linha. "Mais de cem mil clientes anteciparam seu 13º no ano passado com o banco e liquidaram linhas mais caras, como cheque especial e o rotativo do cartão de crédito", diz Edmar Casalatina, diretor de empréstimos e financiamentos do BB, lembrando que essa linha não sensibiliza o limite de crédito do cliente.

De acordo com ele, o crescimento neste ano deve ser um pouco mais tímido, refletindo a menor demanda por crédito por parte da população. Em 2015, a linha que antecipa o 13º do BB cresceu 14%, já menor que a expansão vista no exercício anterior, de 16%. As taxas de juros iniciam em 3,4% ao mês, contra 3,12% em janeiro do ano passado.

No Bradesco, a expectativa é, ao menos, repetir o crescimento do ano passado. O banco liberou R$ 190 milhões em crédito que antecipa o 13º salário de clientes que têm folha de pagamento com a instituição, montante 32% maior que o de 2014. Em contratos, foram 165 mil, elevação de 20%, na mesma base de comparação. O banco exige vínculo empregatício de, no mínimo, seis meses. Os juros estão entre 0,20 ponto porcentual e 0,30 ponto porcentual mais altos este ano por conta da elevação da Selic.

"É uma linha importante que dá condição do cliente fazer frente aos pagamentos e dívidas do primeiro trimestre do ano, quando o orçamento fica mais apertado por conta de IPTU, IPVA, material escolar. Há uma concentração grande de vencimentos", explica João Carlos Gomes da Silva, diretor de empréstimos e financiamentos do Bradesco.


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