O chefe da Elstat, o serviço de estatísticas da Grécia, Andreas Georgiou, deixou o cargo depois de um mandato marcado pelo fato de políticos o acusarem de inflar o déficit orçamentário do país para justificar os impopulares termos do resgate internacional oferecido pelos credores internacionais.
Georgiou declarou que, "por escolha pessoal", desistiu de estender seu mandato, que expirou no domingo, cinco anos depois de assumir o comando da agência. "Esses cinco anos foram uma jornada longa e difícil, com fadiga diária e trabalho duro. O custo foi enorme, tanto pessoalmente quanto profissionalmente", disse Georgiou em um comunicado.
Em 2013, uma investigação foi aberta contra Georgiou por falsificação de dados fiscais do país em 2009. O processo foi retomado no começo deste ano pelo atual governo - liderado pelo partido esquerdista Syriza -, que pretendia lutar contra as medidas de austeridade impostas pelos credores internacionais da Grécia.
Garantir a independência do serviço de estatísticas grego é uma das reformas exigidas pelos credores em troca de um terceiro pacote de assistência financeira, no valor de até 86 bilhões de euros (US$ 94,5 bilhões).