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Estado de Minas

Bradesco revisa PIB de 2015 de -1,8% para -2,1%


postado em 17/07/2015 16:19

São Paulo, 17 - O Bradesco revisou nesta sexta-feira, 17, sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, de uma queda de 1,8% para um declínio de 2,1%. No ano passado, a economia cresceu 0,10%. Para 2016, a expectativa do banco é de estabilidade, que se deve, segundo a instituição, à perspectiva de continuidade de retração do PIB ao longo deste ano.

Para o segundo trimestre de 2015, o Bradesco estima queda de 1,3% do PIB, após recuo de 0,20%, e espera taxa negativa de 0,8% no trimestre seguinte, além de não descartar novo recuo (ainda que modesto) no quarto trimestre.

"Com isso, a herança estatística para 2016 é negativa em cerca de 0,6%. Isso significa que, para que o PIB de 2016 fique estável em relação a 2015, o crescimento médio por trimestre (em 2016) deverá ser de 0,25%, ou 1% em termos anualizados", detalha nota do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depec) do Bradesco, assinada pelo economista-chefe e diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos, Octavio de Barros.

De acordo com o banco, a sensação "térmica" do crescimento continua abaixo dos dados de PIB, mesmo em relação à expectativa de retração de 2,1% esperada pela instituição em 2015, dado que a confiança ainda está baixa e os estoques perto das máximas históricas.

Para que o PIB fique perto da estabilidade no ano que vem, o Bradesco acredita ser preciso que ocorra melhora nas expectativas de empresários e consumidores. "A leitura de que a estabilidade da confiança no patamar atual é benigna para a atividade (porque parou de cair) está errada. O que se estabilizou foi a velocidade de queda do PIB, e não o PIB", explica.

Na visão do banco, os dados de atividade corrente vêm decepcionado e devem afetar parte da economia em 2016. A expectativa da instituição é de que a produção industrial termine 2015 com retração de 7%, enquanto as vendas do varejo ampliado tenham contração entre 3% e 4% este ano. Já o Caged deve encerrar 2015 com saldo negativo de um milhão de vagas - com destruição líquida de 800 mil postos de emprego na indústria, 80 mil no comércio, 70 mil em serviços e 50 mil na agropecuária, segundo estimativa do Bradesco.


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