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Estado de Minas

Fraude na Caixa Econômica levou R$ 100 milhões

Funcionários facilitavam a liberação do crédito imobiliário, sem garantias e aceitando documentos falsos, em contratos de até R$ 1 milhão


postado em 18/03/2015 00:12 / atualizado em 18/03/2015 07:32

A Polícia Federal desbaratou ontem a ação fraudulenta de um grupo de funcionários da Caixa Econômica Federal que alterava contratos de financiamentos de imóveis em três agências da instituição no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. No fim da tarde de ontem, a Caixa informou que os empregados do banco envolvidos foram demitidos ou suspensos. De acordo com a Polícia Federal (PF), que deflagrou a Operação Dolos contra a fraude, o prejuízo é estimado em R$ 100 milhões.

Os funcionários facilitavam a liberação do crédito imobiliário, sem garantias e aceitando documentos falsos, em contratos de até R$ 1 milhão. Em algumas operações, os bens dados como garantias sequer existiam. A PF informou que a liberação dos recursos se dava em um prazo inferior a quatro dias, quando o normal seria um mês no Rio. A maioria dos imóveis estaria localizada na Região dos Lagos (RJ) e alguns deles sofreram sobrevalorização de 1.000%. Além do afastamento dos empregados, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão.

Os policiais apreenderam 20 veículos e determinaram o bloqueio de dezenas de contas correntes. A Caixa ressaltou, em nota, que continuará “contribuindo integralmente” para investigações da PF. “O banco já submeteu os empregados envolvidos a processo de apuração interna, que já resultou em demissões e suspensões”, afirmou, ainda, a instituição.

Além de mandados de busca e apreensão, a PF afastou dez empregados públicos, incluindo gerentes regionais da Caixa Federal. Os investigados são indiciados por associação criminosa, falsificação de selo ou sinais públicos e de documentos públicos; peculato, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de capitais. As fraudes, segundo o banco, foram identificadas por meio de mecanismos de controle interno. A instituição encaminhou uma “notícia-crime” à PF para apurar a ação criminosa.


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