O Brasil importou, no ano passado, US$ 39,518 bilhões em combustíveis e lubrificantes - número 2,43% menor que o registrado em 2013. Apenas em petróleo foram US$ 15,533 bilhões. No ano anterior havia sido um valor maior, US$ 16,320 bilhões.
Esse desempenho pode ter sido influenciado pela queda do preço do barril de petróleo, que atualmente é negociado ao redor de US$ 50 e continua em tendência de queda. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e foram divulgados nesta segunda-feira.
Em dezembro, a importação de combustíveis e lubrificantes subiu 7,7% ante o último mês de 2013. O governo aponta que houve crescimento devido ao aumento dos preços e das quantidades embarcadas de óleos combustíveis, naftas, gasolina e carvão. Entre as importações, em 2014, todas as categorias apresentaram retração. Além de combustíveis, caíram as compras externas de bens de capital (-7,6%), bens de consumo (-5,2%) e matérias-primas intermediárias (-3,3%).
Entre os principais mercados fornecedores para o Brasil, Europa Oriental foi um dos poucos que não apresentaram retração nas importações, registrou alta de 10,1% na comparação com 2013. Esse resultado foi puxado por cloreto de potássio, adubos e fertilizantes, alumínio em bruto, óleos combustíveis e outros. Oriente médio também apresentou crescimento, alta de 8,5% influenciado por petróleo, ureia, óleos combustíveis e outros.
O Mercosul, em contraponto, apresentou queda de 9,8%, sendo que apenas a Argentina encolheu 14,1%, puxada por automóveis e autopeças, veículos de carga, trigo em grão, naftas, produtos hortícolas, motores para veículos e outros. As importações vindas dos Estados Unidos caíram 2,7% por conta de instrumentos de medida, carvão, trigo em grãos, máquinas para terraplenagem, motores e geradores, motores e turbinas para aviação, gasolina, veículos de carga e outros.