A versão eletrônica do jornal britânico Financial Times traz reportagem com tom elogioso ao perfil do próximo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Para o jornal, a escolha pode representar o início de uma "virada" na economia. O texto, porém, questiona a autonomia que lhe será dada pela presidente Dilma Rousseff.
Após conversar com ex-colegas de Levy na academia e no setor privado, o FT destaca que o então diretor da Bradesco Asset Management tentava "ver as coisas positivas" que aconteciam no Brasil. Ainda que alguns citem que seria uma tentativa de fazer uma "política viável", alguns dos entrevistados levantam a hipótese de choque com a presidente Dilma Rousseff em "momentos de crise quando ele tentar tomar decisões difíceis".
Um dos entrevistados pelo FT cita que até se o poderoso ex-presidente do Federal Reserve Ben Bernanke assumisse o Ministério da Fazenda do Brasil "não faria a menor diferença se Dilma não estivesse no mesmo barco". "Ter uma voz da razão e ter uma voz sólida ortodoxa dentro do gabinete é muito valioso, mas, no fim, as políticas serão decisão de Dilma", disse um dos ouvidos.
