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Estado de Minas

Ministério quer ampliar números de representantes agrícolas em outros países

Intenção é estreitar relações e facilitar o contato entre países


postado em 27/11/2014 15:21

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) planeja para 2015 aumentar de oito para 15 o número de adidos agrícolas. A intenção é estreitar relações e facilitar o contato entre países. "Melhora muito a relação com as nações que integram os Brics [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] e com outros mercados importantes. É fundamental que tenhamos, 24h por dia, sete dias por semana, uma pessoa preocupada no local, representando, discutindo, fazendo as coisas acontecerem", disse nesta quinta-feira Rinaldo Junqueira de Barros, representante da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa.

A questão já está em discussão e Barros, que já ocupou o cargo em Moscou, espera aprová-la ainda este mês, garantindo que a seleção seja feita no próximo ano. Com o fim do mandato, sete adidos retornaram ao Brasil e apenas um permanece em Pequim, na China. A intenção é mantê-los nos Estados Unidos, na China, Rússia, União Europeia, África do Sul, Argentina e em Genebra, Suíça, sede da Organização Mundial do Comércio (OMC). Além da Arábia Saudita, a Índia, único dos Brics sem adido agrícola, seria um dos países comtemplados com os novos cargos.

"Conselheiro da embaixada, o adido garante suporte técnico para melhorar a atuação do governo brasileiro. Por exemplo, caso haja incorformidade de um lote de produtos, o adido agiliza as informações e coloca as autoridades competentes em contato mais rapidamente", salientou Barros. Segundo ele, isso evita a suspensão precipitada de importações de produtos brasileiros.

Barros participa do 2º Fórum de Agricultura da América do Sul, que ocorre até esta sexta-feira em Foz do Iguaçu (PR). Com o tema Inovação e Sustentabilidade no Campo, o evento discute o agronegócio mundial a partir da realidade sul-americana.

Também presente ao evento, Lalit Khulbe, chefe de negócios da United Phosphorus do Brasil, muiltinacional indiana, informou que há espaço para fortalecer transações comerciais com a Índia. "O relacionamento entre Índia é Brasil ainda não é tão forte, mas, como parte do Brics, está melhorando, Índia poder ser próximo país a receber importações do Brasil", salientou.

Para Khulbe, os produtos agrícolas, pecuários e derivados são demandados especialmente pela classe média ascendente, que consome cada vez mais itens como óleo de soja, açúcar e frango. Acrescentou que grande parte da população deixou de ser vegetariana, mas, por motivos religiosos, não consome carne vermelha.

"O setor agrícola precisa ser mais agressivo nas relações internacionais. Temos competidores fortes e potenciais. Precisamos buscar parcerias no setor privado, para que possamos fazer acordos comerciais de forma mais sistêmica. Há necessidade de compromissos e acordos comerciais a longo prazo", ressaltou Barros.

O representante do ministério disse que as discussões sobre união aduaneira entre Mercado Comum do Sul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela) e Rússia são "de longo prazo". A conclusão do processo poderá tornar o mercado russo concorrente ao que é importado atualmente dos Estados Unidos e Canadá, mas não terá impacto nas importações do produto de países da América Latina.

A América do Sul posiciona-se internacionalmente no mercado de produtos agrícolas e pecuários. A região responde por 28% do mercado internacional de grãos e cereais e 30% do comércio internacional de carnes (suínos, bovinos e aves). Ou seja, um terço do mercado global de grãos e carnes é da América do Sul.

Com Agência Brasil


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