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Estado de Minas

Estética deve fechar o ano com crescimento de 77% mesmo com economia desaquecida

Enquanto construção civil e indústria amargam perdas no ano, a estética deve fechar 2014 com crescimento e coloca o Brasil em segundo no ranking do consumo de produtos


postado em 02/11/2014 06:00 / atualizado em 02/11/2014 07:42

Tânia gasta R$ 2 mil por mês com tratamentos, e a esteticista Adriana trocou o homecare pela clínica própria(foto: Beto Novaes/EM/ DA Press)
Tânia gasta R$ 2 mil por mês com tratamentos, e a esteticista Adriana trocou o homecare pela clínica própria (foto: Beto Novaes/EM/ DA Press)
Os brasileiros estão cada vez mais preocupados em manter o cuidado com o corpo. Prova disso é que, enquanto setores como o da construção civil e o da indústria estão fazendo de tudo para não fechar o ano no vermelho, o setor de estética espera um crescimento surpreendente de 77%. O Brasil já ocupa o segundo lugar no ranking entre os países de consumo dos produtos/serviços de beleza, atrás apenas dos Estados Unidos. Com isso, a previsão de faturamento também é gigante, com movimentação de cerca de R$ 136 bilhões no país até dezembro.

Em Minas Gerais, a expectativa é que o setor acompanhe o crescimento do Brasil, chegando a 70%, segundo o Sindicato dos Esteticistas do Estado de Minas Gerais (Sindes-MG), se mantendo como o terceiro maior mercado do país, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo Maria de Fátima Pereira Lima, consultora de mercado, esteticista e curadora do 1º Congresso Científico Internacional de Estética e da Feira Estétika, que aconteceu em Belo Horizonte em outubro, nos últimos anos, o setor de estética cresceu acima da média do Brasil, na frente de vários setores que tiveram que colocar o pé no freio em meio a uma economia de recessão.


Especialistas de mercado acreditam que o crescimento foi alavancado pelo aumento da renda da família brasileira, a inserção da mulher no mercado de trabalho e como chefe de família e a ascensão da classe C. Junto, veio a legalização da profissão, que ocorreu há dois anos. “Antes, você aprendia as técnicas, a profissão, com a mãe ou algum conhecido e já podia exercer. Hoje, as pessoas precisam fazer o curso técnico ou superior para poder ser reconhecidas e entrar no mercado”, afirma Maria de Fátima.

Clique para ver os números do crescimento no país(foto: Arte EM)
Clique para ver os números do crescimento no país (foto: Arte EM)
A ampliação no mercado de trabalho para o profissional de estética na área de saúde e bem-estar já foi, e vem sendo, um reflexo deste cenário. O esteticista passou a atuar em clínicas de estética, spas, indústrias de cosméticos, compondo equipes também ao lado de médicos e outros profissionais da área da saúde, em instituições de ensino, atendendo em casa e em salões de beleza. De acordo com o Senac, desde 2012, o Brasil já tem mais de um milhão de esteticistas. Em Minas, segundo o Sindes-MG, o número de profissionais passa de 55 mil, entre especialistas práticos, com curso técnico e superior.

De olho no aumento da demanda pelos serviços, a esteticista Adriana Esteves deixou de atender os clientes em casa e abriu a clínica Vila Algarve, no Bairro Cidade Nova, há quatro meses, oferecendo variados serviços, desde manicure e pedicure até clareamento de pele e lipo sem corte. A expectativa é registrar um crescimento de cerca de 30% neste ano, 20% a mais do que o registrado no ano passado, quando ela atendia os clientes em casa. “Esse ano está melhor para o negócio, pois os clientes estão gastando mais. É como se os tratamentos fossem uma terapia e, além de estarem bonitos, com boa aparência, eles querem se sentir bem”, explicou.

NOVIDADES
Entre os serviços que vêm conquistando o público que frequenta as clínicas de estética, est’ao o clareamento de pele, redução de gordura para ficar com a barriga mais sequinha sem muito esforço, o spa dos pés e das mãos, alongamento de unhas, esmaltes magnéticos, esmaltes em gel, inglesinha e francesinha inteligente (que duram aproximadamente 15 dias), decoração e adesivos nas unhas, massagem facial, entre outros. Segundo Adriana, aqueles clientes mais assíduos na clínica costumam gastar cerca de R$ 400 para serviços mais em conta como depilação e cabelo e entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil em serviços voltados ao cuidado com o corpo.


A agente de viagens Tânia Maria de Castro gasta, por mês, em torno de R$ 2 mil somente com procedimentos de estética como clareamento e rejuvenescimento de pele, eliminação de rugas, tratamento para cabelo, incluindo escova, manicure e pedicure. O próximo passo, ela conta, é fazer a sobrancelha definitiva, que custa cerca de R$ 1,5 mil, e tratamento para reduzir celulite e gordura na barriga. “Passei a me cuidar mais depois de completar 50 anos, quando as rugas começaram a aparecer. No meu trabalho ,preciso sempre ter boa aparência e isso pesa na hora de tomar as decisões de fazer ou não esses tratamentos. Além disso, não é só mais uma questão de aparência, é de bem-estar”, completa ela, que afirma ainda que, se pudesse, gastaria mais que os R$ 2 mil para se sentir bem.


O Estado de Minas aproveitou a chegada da jogadora de vôlei e musa Mari Paraíba para perguntar aos atletas do Minas Tênis Clube o que eles fazem para cuidar da beleza. Assista:


 


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