Sites especializados em aluguel para temporadas registram aumento de 300% da demanda

Um dos termômetros da economia que gira em torno do aluguel para temporada são os sites especializados, onde a oferta de anúncios cresce ano a ano, à medida que mais usuários experimentam a plataforma de negócios que pode ajudar a aumentar o orçamento doméstico. Em Minas Gerais, a rede internacional Airbnb, um dos maiores sites de hospedagem do mundo, estima crescimento de 300% na demanda por hospedagens durante a Copa do Mundo se comparada a igual período do ano passado.

Segundo o site, o maior número de anúncios corresponde a quartos de casal. A média das diárias no mês do Mundial girou em torno de R$ 170. “Acreditamos que essa evolução se dá por conta das atrações turísticas do estado e também pela grandiosidade de eventos como a Copa do Mundo”, diz Christian Gessner, diretor geral da rede Airbnb no Brasil. Em 2012, o site abriu um escritório em São Paulo e a oferta de quartos, casas, sítios, entre outros, cresceu exponencialmente desde então. Há dois anos, o site contabilizava 3 mil anúncios nacionalmente. Agora, são 40 mil de norte a sul do país.

Antes do início do Mundial, a rede internacional divulgou uma estimativa bastante otimista: o número de estrangeiros no Brasil viajando pela plataforma para a Copa do Mundo ultrapassaria 120 mil visitantes. A estimativa anunciada era que os anfitriões iriam auferir ganhos de cerca de US$ 3 mil, com uma média de três reservas durante o período do evento. A empresa ainda não divulgou números com balanço atualizado para o período do Mundial.

O consultor especializado em hotelaria Maarten van Sluys, da JR & MvS Consultores, diz que as hospedagens em quartos e residências tiveram seu espaço à parte sem competir com os hotéis. Segundo o especialista, o turista brasileiro tem como hospedagem preferencial o hotel, ou casa de amigos. “O hábito de alugar apartamentos ou casas é maior entre estrangeiros.” Van Sluys também adiantou que o fechamento do mês foi positivo para a hotelaria da capital. “O período da Copa do Mundo encerrou com média mensal de ocupação de 70%, chegando a 95% nos dias de jogos.”

 

MANSÃO SEM MESSI
A badalada locação da mansão envolvendo o argentino Lionel Messi também não deu certo. Enviados do jogador visitaram algumas mansões em Lagoa Santa e quase fecharam acordo com o dono de um imóvel (foto), às margens do espelho d’água que é o cartão-postal do município, cujo aluguel mensal seria de R$ 150 mil. O jogador teria considerado o valor alto e teria oferecido a metade. O dono da mansão, Vicente Paulo Salomão, nega a discussão sobre preços. Messi alugou um imóvel no Rio de Janeiro. “A casa foi aprovada, mas a família do jogador preferiu se hospedar no Rio de Janeiro porque lá teria mais opções de lazer”, explicou o proprietário, que acabou não alugando a mansão. “Pensei até em oferecer a hospedagem de graça”, revelou.