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Estado de Minas

Movimento de restaurantes despenca na Copa


postado em 09/07/2014 09:31 / atualizado em 09/07/2014 15:13

Para os restaurantes de São Paulo, a Copa do Mundo não tem sido motivo de comemoração. O investimento em garçons bilíngues, cardápio incrementado, TVs e telões teve como retorno, até agora, um baixo movimento. “Está terrivelmente fraco e estão todos preocupados, porque os nossos custos continuam”, diz Marcelo Fernandes, dono de cinco restaurantes na capital paulista.

A queda da clientela nos estabelecimentos do empresário foi, em média, de 50%. Ontem, ele optou por manter o Attimo - seu restaurante de cozinha contemporânea - fechado o dia inteiro. O Clos de Tapas, de gastronomia ibérica, ele só abriu para o jantar porque havia uma reserva. Entre seus empreendimentos, apenas a Mercearia do Francês mantém o movimento.


Para Arri Coser, proprietário da churrascaria NB Steak e do restaurante Maremonti, o problema está na queda do turismo de negócios. O recuo no faturamento de seus seis restaurantes na capital foi de 30% em junho. Em dia de jogo do Brasil, chegou a 60%.

O que evitou prejuízos do grupo no último mês foram as três unidades do NB em Porto Alegre. Lá, o incremento foi de 50% no mês. “Quem está só em São Paulo apanhou”, diz. A situação na capital, segundo Coser, faz lembrar a Olimpíada de Londres, outra cidade em que o turismo de negócios é forte. “Os restaurantes de lá também perderam receita durante o evento.”

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) divulgou recentemente que a expectativa do segmento é faturar R$ 12 bilhões durante a Copa do Mundo - e São Paulo seria responsável por 30% desse montante. Na Copa das Confederações, a receita ficou entre R$ 8 bilhões e R$ 9 bilhões.

Esse incremento, no entanto, deverá beneficiar principalmente os bares. A entidade diz que o faturamento nesses estabelecimentos cresce 30% em dia de jogos de outros países e entre 70% e 80% durante as partidas do Brasil.

Motivos

As férias escolares e a opção por ver o jogo em casa ou em boteco estão entre as razões para a ausência dos clientes nos restaurantes, afirma o gerente da churrascaria Angélica Grill, João Peduto. “Além disso, muitos estrangeiros desistiram de vir para o Brasil por conta das manifestações. E muitos dos que vieram têm pouco dinheiro para gastar”, diz.

Peduto conta que os 500 almoços que havia vendido a agências de viagem acabaram virando 300 em razão da desistência dos turistas. O faturamento do restaurante, no bairro Santa Cecília, caiu 40% em junho. Em período de férias, a queda usual é de 15%. O restaurante investiu em telões e incrementou a carta de vinhos para a Copa.

Na região da Avenida Paulista, em particular durante os jogos do Brasil, o vazio foi visível. Só cerca de 20 mesas, entre as 108 do America, estavam ocupadas. “Na hora do jogo o normal é ter duas mesas”, disse um funcionário. O restaurante está cercado por empresas, que dispensaram funcionários nos últimos dias.


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