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Estado de Minas TÁTICA PRONTA NA REGIÃO DA PAMPULHA

Restaurantes e bares do entorno do Mineirão prepararam estratégias para fisgar torcedores

Pensando em atender ao público que não vai para o estádio ou que queira fazer um esquenta antes dos jogos que ocorrem em BH, empresários modificaram os espaços


postado em 17/05/2014 00:12 / atualizado em 17/05/2014 09:10


A 26 dias da Copa do Mundo 2014, empresários no entorno do Mineirão correm para fazer os últimos reajustes para faturar a grana extra nos 30 dias do torneio de futebol. Nos bares e restaurantes da Região da Pampulha, locais que são considerados o segundo estádio da capital, a expectativa é aumentar entre 70% e 100% o faturamento e movimento, já que os 384 mil turistas previstos para chegar a Belo Horizonte pretendem gastar além dos jogos e movimentar os bares da cidade. De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG), a expectativa é que o setor movimente cerca de R$ 500 milhões no estado durante a Copa do Mundo.

Pensando em atender ao público que não vai para o estádio ou que queira fazer um esquenta antes dos jogos que ocorrem em BH — em 14, 17, 21, 24 e 28 de junho e 8 de julho –, empresários modificaram os espaços: modernizaram com a implementação de totem de mesas para tradução de cardápio do português para o inglês, instalaram TVs e telões. E prepararam promoções para fisgar os clientes. Entre os turistas esperados em BH, 62 mil devem ser estrangeiros e 322 mil brasileiros de outros estados. O Ministério do Turismo (Mtur) estima que gasto médio por torcedor estrangeiro deve ser de R$ 5,5 mil, incluindo as despesas com passagens aéreas e valores gastos no país de origem.

A maioria dos bares e restaurantes na região não vai trabalhar com reservas. Na Avenida Fleming, uma das mais movimentadas do bairro e conhecida pela oferta de diversos restaurantes, a estimativa é que o movimento dobre não apenas nos dias de jogos em BH, mas em todas as outras datas da competição. “Temos capacidade para atender 700 pessoas e a casa está pronta para receber tanto o turista estrangeiro, quanto o brasileiro”, afirma Marco Antônio Neri Bezerra, proprietário do restaurante Filé. No local há 11 televisores e um telão de vidro que possibilita a visão dos dois lados. Além disso, o cardápio foi reformulado, mas os preços foram mantidos, com cervejas long neck a partir de R$ 6,50, garrafa de 600 ml a partir de R$ 7,20 e tira-gostos a com preços que podem variar entre R$ 14 e R$ 41,50.

Para atender aos consumidores estrangeiros, os atendentes estão recebendo treinamento intensivo de inglês, com as frases básicas para atendimentos, haverá também um totem na mesa para fazer a tradução simultânea do cardápio e um intérprete para auxiliar gerentes e garçons. “Não mudamos o preço porque queremos continuar atendendo quem já é o nosso cliente. A Copa será um adicional, com movimento constante como acontece em meses de férias”, afirma o gerente do Filé, Gilberto Antônio dos Santos.

Casa cheia

Em outro restaurante na Fleming, o Seu Jorge Butiquim, a expectativa é dobrar o faturamento e manter a casa cheia. Para isso, eles apostam no prato da casa, um típico tira-gosto mineiro, o combinado Seu Jorge, com feijão, mandioca, torresmo e carne, vendido a R$ 75, e na promoção com uma cerveja. Na primeira fase, nos jogos do Brasil, a fabricante da bebida vai oferecer em seu site um voucher para, na compra de uma cerveja ganhar outra. Já na segunda fase da Copa do Mundo, o voucher estará disponível em todos os jogos. “Queremos atender bem ao público que não tem condições de ir ao estádio”, afirma Maurício Santos, gerente do Seu Jorge Butiquim.

Em outro bar que já recebe grande público em dias de jogos, no Juscelino Deck Beer, que fica ao lado do Mineirão, na Avenida Otacilio Negrão, a expectativa é de casa cheia nos 30 dias da Copa. A estimativa é de faturamento até 70% maior na comparação com dias normais. A casa tem capacidade para receber 700 pessoas e o cardápio também não foi alterado. O chope é vendido no local a preços a partir de R$ 4,90 e as porções têm valores entre R$ 30 e R$ 80. São seis televisores no salão principal e, de acordo com o gerente do bar, Ildeu Alves Ferreira Júnior, eles estudam a instalação de mais televisores na área externa. “A Copa trará um público diferente, com turistas estrangeiros, mas estamos preparados para atendê-los. Temos três atendentes bilíngues e cerca de 30 empregados preparados para manter o funcionamento da casa com lotação máxima”, completa Ildeu.

Pensando no público da Copa do Mundo, a rede de pizzarias Olegário inaugurou uma unidade na Pampulha. A expectativa, de acordo com o proprietário, Agilberto Martins Costa, é atender cerca de 100 pessoas por dia, vendendo pacotes promocionais de rodízio de tira-gostos mineiros e pizza a palito, e chope: o pacote sai por R$ 130. “Quem quer assistir o jogo em restaurante, quer ter também tranquilidade. Por isso estamos trabalhando com esses pacotes. A pessoa já sai de casa pensando que vai ter um gasto fixo, nem a mais e nem a menos, uma vez que o preço já estabelecido”, explica Agilberto.

Guia para turistas

Para ajudar, a Abrasel lança em maio o guia de bares e restaurantes, que terão exemplares em português e inglês e serão distribuídos em pontos de informações turísticas da Belotur no aeroporto, na rodoviária, nos próprios bares e nos hotéis. Atualmente, Minas tem cerca de 18,5 mil estabelecimentos de alimentação fora do lar, mas apenas 500 contam com o cardápio com línguas estrangeiras. Para Lucas Pêgo, diretor-executivo da Abrasel Minas, este é um número regular, tendo em vista que a maioria dos estabelecimentos que já investiu no cardápio bilíngue está em corredores turísticos, como da Praça da Liberdade, Lourdes, Savassi, Sion e Pampulha.


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