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Estado de Minas

Encalhe de veículos não se deve ao crédito, diz Bradesco


postado em 29/04/2014 15:07 / atualizado em 29/04/2014 15:15

Presidente do Bradesco e da Confederação Nacional das Instituções Financeiras (CNF), Luiz Carlos Trabuco, afirmou há pouco que a dificuldade das montadoras em vender os carros produzidos e estocados nos seus pátios não se deve a problemas no repasse de crédito para financiar as compras pelo consumidor. "O carros nos pátios não podem ser explicados unicamente pelo canal do crédito", afirmou. Segundo ele, existe uma negociação entre os bancos, o governo e associação dos fabricantes (Anfavea) para facilitar o financiamento de automóveis.


Conforme antecipado pelo Broadcast, serviço de informações on line da Agência Estado, o governo prepara medidas para destravar os financiamentos para aquisição de veículos no mercado doméstico. O governo pode facilitar o crédito para operações de até 60 meses. Atualmente, os bancos precisam provisionar 75% do valor dos financiamentos feitos em até 60 meses. O governo pode flexibilizar essa exigência por meio do Conselho Monetário Nacional (CMN). "Existe um diálogo entre os bancos, o governo e a Anfavea no sentido de criar condições para que o credito seja mais acessível. O volume total de crédito ao setor automotivo não caiu, no fundo ele tem uma relação com a própria demanda", disse Trabuco.

Entre as propostas em discussão no governo, conforme apurou o Broadcast, está uma forma de facilitar a retomada dos veículos pelos bancos em caso de inadimplência e estímulos para a exigência de um pagamento menor como entrada na aquisição do automóvel. Não há limite mínimo para a entrada, mas, na prática, os bancos estão exigindo 40% do valor do veículo.

Outra medida em discussão é a criação de um fundo garantidor, com aportes das instituições financeiras, que deve complementar as garantias oferecidas pelo cliente. Trabuco afirmou que "não existe escassez de crédito", quando questionado sobre críticas do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que os bancos estariam com o pé no freio do crédito. "O crédito mesmo nos balanços que foram publicados aí, ano a ano, tem crescido acima de 10%. Ele tem uma relação com o crescimento do PIB. Temos um PIB potencial e o crédito vai crescer na contrapartida que haja demanda das pessoas físicas e do mercado", considerou.


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