Frente à redução da demanda por automóveis novos, as montadoras estão dispensando funcionários ou recorrendo às férias coletivas. A Fiat, com fábrica em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, mandou 900 operários para casa esta semana. A empresa já tinha concedido férias coletivas por 20 dias a outros 800 funcionários no dia 14. Já são 1,7 mil funcionários parados.
Com as férias coletivas, a Fiat vai deixar de fabricar nos dois períodos 6,2 mil unidades de veículos. A redução de produção será para os modelos Bravo, Doblò, Idea, Linea, Palio, Grand Siena e Palio Weekend. As vendas da Fiat caíram 2,2% (174,7 mil), no primeiro trimestre.
A situação das montadoras se deve à diminuição das compras de veículos novos no mercado interno e da queda nas vendas para a Argentina. No acumulado do ano, até quarta-feira, as vendas no país já registravam queda de 5,3% em relação ao mesmo período de 2013 (para 211 mil unidades). Já as exportações para o país vizinho, principal cliente externo do setor, caíram mais de 30%.
Montadoras, autopeças e sindicalistas negociam com o governo federal a criação de um sistema nacional de proteção ao emprego para ser adotado em épocas de crise. Seria uma alternativa ao lay-off (suspensão de contratos de trabalho), usado por grandes grupos. A base da proposta é um programa adotado na Alemanha desde os anos 1950. Também há conversas nos bastidores para a suspensão da alta do IPI para carros prevista para julho.
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Fiat afasta 1,7 mil operários da fábrica de Betim
Montadoras, autopeças e sindicalistas negociam com o governo federal a criação de um sistema nacional de proteção ao emprego para ser adotado em épocas de crise
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