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Estado de Minas RENDA EXTRA COM ALUGUEL NO MUNDIAL

De olho nos turistas estrangeiros, moradores e imobiliárias querem lucrar com imóveis para a Copa

Em 2012, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do total de visitantes internacionais (5,67 milhões) que estiveram no país, quase a metade (44,2%, ou 2,5 milhões de pessoas) optou por ficar em hospedagens alternativas.


postado em 23/02/2014 00:12 / atualizado em 23/02/2014 08:09

A quatro meses do início da Copa do Mundo no Brasil, moradores de Belo Horizonte já garantem uma renda extra com aluguéis de suas casas para turistas. De quebra, há quem se ofereça para trabalhar de motorista, cozinheiro e guia. As imobiliárias também comemoram a proximidade do evento esportivo: a oferta de residências e sítios para o setor alugar em junho e julho cresceu dois dígitos em algumas empresas. Especialistas estimam que a maioria dos visitantes vai optar por imóveis nas proximidades do Mineirão e em bairros na Região Centro-Sul.


A pesquisadora na área de cinema Lídia Mello é uma das mineiras que já garantiram a renda extra. Ela alugou seu apartamento, no Bairro Anchieta, para três australianos. A hospedagem lhe renderá R$ 6 mil. Com o dinheiro, explica, fará uma viagem internacional. “Eles vão ficar aqui por 20 dias. Vou para Nova York ou para o Leste europeu. Ainda não me decidi.” Outros moradores, porém, pretendem ir para casas de parentes enquanto cedem o lar para visitantes.

É o caso de dona Maria de Freitas, moradora do Bairro Itapoã, na Região da Pampulha. “O imóvel, a três quilômetros do Mineirão, tem três quartos, sendo duas suítes, além de piscina e área de lazer. Há espaço para 10 pessoas. Acredito que posso receber de R$ 30 mil a R$ 40 mil pelo período de um mês”, calcula Maria. Ela está à procura de uma imobiliária que faça a negociação. Ofertas semelhantes à dela pipocam em várias imobiliárias.

O presidente da Lar Imóveis, Luiz Antônio Rodrigues, estima que sua empresa deve apurar um crescimento de 40% a 50% com os chamados contratos temporários em junho e julho. Ele explica o porquê: “Muitos estrangeiros preferem alugar imóveis a ficar em hotéis. Primeiro, pelo maior aconchego e liberdade. Também em razão de uma casa poder acomodar mais pessoas. Isso é uma grande vantagem financeira para os visitantes, que podem dividir o aluguel entre o grupo”.

Em 2013, a Lar Imóveis alugou mais de uma dezena de imóveis durante a Copa das Confederações. A experiência permite ao empresário observar que boa parte da procura pelos turistas está na Região Sul da capital e nas proximidades do Mineirão. A autônoma Kênia Assis, que reside a cerca de cinco quilômetros do estádio, está disposta a deixar a casa, na companhia do marido e da filha, durante o período da Copa. Os três pretendem ir para residências de parentes em troca de um bom contrato.



Oferta

“Vou negociar com imobiliárias. Temos um bom apartamento (dois quartos) mobiliado. Há garagem e o imóvel está próximo do Mineirão”, informou Kênia, que ainda não definiu o valor da diária, mas estima que o preço fique em torno de R$ 1 mil. Maria de Freitas, a autônoma que mora no Itapoã, também pretende ir com o marido para casa de familiares durante a Copa. Ambas moram na região atendida pela regional da Rede Invista, coordenada por José Cupertino: “A oferta de imóveis para locação durante a Copa aumentou cerca de 30% em relação (ao mesmo período) para a Copa das Confederações”.

Mas não são apenas donos de casas e apartamentos que estão de olho numa receita extra durante os jogos. O empresário Cléber Juarez Machado Furbino arrendou uma fazenda, há alguns anos, e decidiu alugá-la durante a Copa. A propriedade, a 15 quilômetros do aeroporto de Confins e a 37 quilômetros do Mineirão, tem sete suítes, cinco lagoas, barcos, bicicletas e cavalos. “É uma área de 60 hectares. Há muito verde e nascente d’água”, conta Cléber, que enviou convites com a propaganda da propriedade para turistas estrangeiros.

Serviços

Nas peças, Cléber informa que faz o traslado do grupo entre o aeroporto, a fazenda e o estádio. “Os hóspedes têm direito a café da manhã, almoço e um caldo à noite. Também podem fazer passeios a cavalo, pescar, andar de bicicletas… A diária está em torno de R$ 1,5 mil.” Oferecer serviços aos visitantes é uma estratégia para agregar valor e que já foi percebida por muitos donos de casas e apartamentos disponíveis para aluguéis durante a Copa.

José Cupertino, o coordenador da Rede Invista, conta que um dos clientes que lhe ofertaram um imóvel se colocou à disposição para trabalhar como motorista para os visitantes. “Ele se propôs a dirigir o próprio carro em deslocamentos para os jogos e passeios turísticos.”

Em 2012, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do total de visitantes internacionais (5,67 milhões) que estiveram no país, quase a metade (44,2%, ou 2,5 milhões de pessoas) optou por ficar em hospedagens alternativas. Desse universo, as casas alugadas representam 11,9%, ou 675,4 mil turistas.


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