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Estado de Minas

Serviços e aluguéis pressionam as despesas no interior de Minas

De janeiro de 2013 ao mês passado, os aluguéis residenciais encareceram 14,89% em Viçosa e os gastos com condomínio subiram 8,91% em média


postado em 07/02/2014 06:00 / atualizado em 07/02/2014 07:31

Serviços pessoais e aluguéis sacrificaram o consumidor no interior durante o ano passado e não dão sinais de ceder em cidades tipicamente universitárias. É o caso de Viçosa, distante 246 kim de BH, onde as tabelas de preços, principalmente dos profissionais da área da saúde, provocaram alta de 14,48% das despesas com saúde e cuidados pessoais, variação de mais de cinco pontos acima do custo de vida na cidade (9,12%), observa o professor Jáder Fernandes Cirino, um dos coordenadores do IPC medido pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). “O setor imobiliário e, principalmente a construção civil, refletem também a demanda criada pelos alunos e servidores da universidade, levando os preços para o alto”, afirma.


De janeiro de 2013 ao mês passado, os aluguéis residenciais encareceram 14,89% em Viçosa e os gastos com condomínio subiram 8,91% em média. Não é diferente para a economia de Lavras, sustentada pelo comércio e os serviços que atendem à comunidade universitária. Nesse ponto, a baixa concorrência deixa o consumidor desamparado, lembra o professor Ricardo Pereira Reis. “Não há como o país importar serviços, como se faz com os produtos agrícolas para regular os preços internos”, afirma. Em BH, o analista do IBGE Antonio Braz de Oliveira e Silva lembra que, sem concorrência forte no varejo, vantagens como as promoções, que beneficiam o cliente, tornam-se raras.

A essa preocupação se juntam novos riscos de aumento de preços em 2014, em decorrência da demanda de consumo gerada pelos jogos da Copa do Mundo. “As projeções da inflação já são de alta. Não estão claros, ainda, o fluxo do turismo em torno da competição e a sua influência nos preços”, diz Braz e Silva. Concorda com ele Gabriel de Andrade Ivo, economista-chefe da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG). A expectativa dele é de uma inflação de preços mais comportada neste ano, tendo em vista o fato de que os repasses de preços em 2013 refletiram, na avaliação de Gabriel Ivo, custos elevados de produção das lavouras ao varejo.

Parâmetros

As diferenças entre os IPCs apurados no interior e na Grande BH retratam ainda as metodologias e a abrangência da coleta de preços. A inflação oficial medida pelo IBGE cobre as despesas das famílias com renda entre um e 40 salários mínimos nas regiões metropolitanas de 11 capitais. Os IPCs de Montes Claros e Viçosa retratam despesas de famílias com renda de um a seis salários mínimos. A referência para os cálculos em Uberlândia são os rendimentos entre um e oito salários mínimos e Lavras faz os cálculos com base em pesquisa dos hábitos de 350 famílias do município de várias classes de renda. (MV, PHL e LR)


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