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Estado de Minas

Empresas são suspeitas de sonegar quase R$ 150 milhões em impostos

Esquema de sonegação era praticado por empresas localizadas na Ceasa de Contagem. Seis pessoas foram presas


postado em 10/12/2013 07:58 / atualizado em 10/12/2013 18:26

No esquema, empresas de MG compravam bebidas destiladas de um atacadista do ES, que expedia notas fiscais em nome de companhias do DF. Os documentos eram, então, substituídos por outros em nomes de empresas mineiras com inscrições já canceladas junto ao Fisco estadual.(foto: Divulgação/Polícia Civil)
No esquema, empresas de MG compravam bebidas destiladas de um atacadista do ES, que expedia notas fiscais em nome de companhias do DF. Os documentos eram, então, substituídos por outros em nomes de empresas mineiras com inscrições já canceladas junto ao Fisco estadual. (foto: Divulgação/Polícia Civil)

O Ministério Público, a Receita Estadual e a Polícia Civil de Minas Gerais fizeram uma operação na manhã desta terça-feira de combate a sonegação fiscal praticada por empresas localizadas na região da CeasaMinas. Essas organizações tinham um esquema de notas frias que ajudou na sonegação de quase R$ 150 milhões em dois anos. Seis pessoas foram presas e duas estão foragidas. Foram cumpridos, ainda, 28 mandados de busca e apreensão, em empresas e residências em Belo Horizonte, Betim, Nova Lima, Nova Serrana, Esmeraldas, Conceição do Pará e Jundiaí (SP). Participaram da operação, dois promotores de Justiça, seis delegados de Polícia, 80 auditores fiscais e 100 policiais civis.

De acordo com o MPMG, as empresas Precisão Distribuidora de Produtos Alimentícios Ltda. e Mister Mix Ltda. compravam bebidas destiladas de um atacadista no Espírito Santo. O destino dessas bebidas era o Distrito Federal, mas no meio do caminho, quando passava por Minas Gerais, a carga recebia outra nota fiscal que maquiava a origem e o destino do produto, sendo assim, as bebidas nunca chegavam à Brasília e ficavam em Minas, de onde eram revendidas.

As investigações tiveram início após denúncias de empresários que atuam na Ceasa. Segundo a polícia, quem fornece essas notas são empresas fantasmas e essa simulação permite que a empresa destinatária tenha uma margem de cerca de 30% de vantagem competitiva pela ausência dos impostos em relação ao mercado. Na Ceasa, pelo menos duas empresas que receberiam mercadorias foram investigadas.

As investigações constataram ainda que um dos principais articuladores do esquema, que teve a sua prisão temporária decretada, possui empresas em São Paulo e um motel em Belo Horizonte, e é suspeito de envolvimento com jogos de azar. É, ainda, proprietário da empresa Mixxgerais, sucessora da Rodrigues & Miranda e Mister Mix.

Também estão envolvidos no esquema, um responsável pela criação de empresas fantasmas que teria por função a emissão fraudulenta de notas fiscais, um sócio-proprietário da Ama Comercial e Dist. Ltda, empresa que recebe notas fiscais eletrônicas fraudadas pelo esquema e um responsável pela troca de notas fiscais de carregamentos vindos do Espírito Santo.

Assista a reportagem da TV Alterosa



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