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Estado de Minas

Lucro da Petrobras tem queda de 39%

Recuo no 3º trimestre é pressionado pela diferença entre preço de venda e custo de importação dos combustíveis


postado em 26/10/2013 06:00 / atualizado em 26/10/2013 07:53

Com a forte defasagem entre os preços da gasolina e diesel vendidos no país e os preços internacionais dos combustíveis, a Petrobras divulgou ontem à noite um lucro líquido de R$ 3,395 bilhões no terceiro trimestre, resultado 39% inferior ao lucro de R$ 5,567 bilhões registrado no mesmo período do ano passado. Já em relação ao resultado de abril a junho, quando a estatal registrou lucro líquido de R$ 6,2 bilhões, o tombo de julho a setembro foi de 45%. O resultado frustrou a expectativa do mercado. A média das estimativas de especialistas era de um ganho de quase R$ 6 bilhões para o terceiro trimestre.


Embora a Petrobras tenha aplicado uma série de reajustes na gasolina e no diesel no período, o balanço continua a ser pressionado pela diferença entre os preços de venda no Brasil e o custo de importação dos combustíveis. O tema tem sido discutido pela diretoria da Petrobras e o governo brasileiro, controlador da petrolífera, mas ainda não há definição sobre quando e se um novo reajuste será anunciado.

O spread entre os preços praticados no mercado internacional e os valores adotados localmente pela Petrobras, que já superaram os 20%, caiu fortemente após os reajustes de mais de 20% no caso do diesel e de quase 15% na gasolina entre 2012 e 2013. A partir de maio, porém, a forte valorização do dólar em relação ao real voltou a aumentar o déficit da estatal com essa operação. Em setembro, segundo cálculos da GO Associados, a diferença na gasolina do tipo A era de 17%. No diesel, o spread alcançou 12%.

O Ebitda, indicador que dimensiona a capacidade de geração de caixa da companhia, totalizou R$ 13,091 bilhões no terceiro trimestre, recuo de 8,9% sobre igual período de 2012. Já a receita líquida atingiu o patamar recorde de R$ 77,7 bilhões, superando a marca de R$ 73,793 bilhões verificada de julho a setembro do ano pasado. A expansão de 5,3% na receita trimestral é explicada principalmente pelos reajustes de combustíveis da Petrobras entre 2012 e o início deste ano.

“A companhia usou a contabilidade criativa no trimestre anterior ao antecipar a receita de exportação de petróleo, o que resultou em um lucro muito acima do esperado, e algumas estimativas previam até mesmo prejuízo”, explicou o economista Felipe Chad, sócio-diretor da DX Investimentos. O economista-chefe da INVX Global Partners, Eduardo Velho, lembrou que havia uma preocupação dos especialistas de que, além dessa antecipação de receita, a estatal contabilizasse o resultado da venda dos ativos no exterior. Segundo ele, ainda há dúvidas se a empresa está contabilizando esses valores da forma esperada, o que prejudica a avaliação dos especialistas.

O valor das ações da Petrobras ainda está abaixo dos R$ 27 antes da capitalização, em setembro de 2010. Ontem, por exemplo, fechou a R$ 18,49, com alta de 1,37%, mas ainda acumulando queda no ano de 1,60%. “Pelo que tenho percebido, os analistas ainda não recomendam o papel. A posição tem sido neutra para a maioria”, afirmou Velho.

Refinaria

Depois de oito anos de indefinição sobre a participação da venezuelana PDVSA na refinaria Abreu e Lima (Rnest), a Petrobras jogou a toalha e anunciou que ficará sozinha no projeto. O Conselho de Administração aprovou ontem a incorporação da unidade como subsidiária integral.

 


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