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Estado de Minas

Petronas amplia fábrica em Minas Gerais

Petrolífera investe R$ 110 mi na empresa de lubrificantes em Contagem. Companhia mantém negócios com Eike


postado em 26/07/2013 06:00 / atualizado em 26/07/2013 06:45

A Petronas, petrolífera malaia que comprou da OGX, de Eike Batista, 40% dos blocos BM-C-39 e BM-C-40 por US$ 850 milhões, no Campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos, acaba de concluir investimentos de R$ 110 milhões na ampliação de sua fábrica de lubrificantes, graxas e outros fluidos em Contagem, na Grande BH, e poderá investir outros R$ 190 milhões na planta até 2017. Os recursos estão sendo aplicados no aumento da capacidade de produção da unidade, o que permitirá à multinacional expandir as atividades da Petronas no Brasil e na América Latina. O investimento também visa melhorar o sistema de logística, desenvolver centros de distribuição e ampliar escritórios regionais. Hoje, a capacidade de produção da planta de Contagem, a única da empresa no Brasil, é de 220 milhões de litros de óleo lubrificante, mas estão sendo fabricados 140 milhões de litros.

A expectativa da empresa é de elevar em 60% o volume de negócios no país, o que demandará nova expansão da planta entre 2015 e 2017. Hoje, dos 140 milhões de litros de lubrificante produzidos pela companhia no país, 128 milhões são comercializados no mercado doméstico e 12 milhões vendidos para 15 países da América Latina. A meta da Petronas, que tem 100% do seu capital controlado pelo governo da Malásia, é ampliar a produção em Contagem para 200 milhões de litros entre 2016 e 2017. Segundo Guilherme de Paula, CEO da Petronas para a América Latina, a maioria das fábricas de lubrificantes no Brasil está no Rio de Janeiro, onde também se localizam os fabricantes de aditivos e a proximidade do porto funciona como atrativo. A fábrica de lubrificantes foi instalada em Contagem há 33 anos por causa da Fiat. Em 2008, foi adquirida pela Petronas, que só assumiu a gestão do negócio no ano passado.

Em Contagem, depois da primeira ampliação, concluída há quatro meses, o quadro de funcionários engordou 20% – hoje são 340 colaboradores. Em 2012, segundo Guilherme de Paula, a empresa bateu recorde de vendas no Brasil ao crescer quatro vezes mais do que o mercado. Com isso, o market share da companhia no país chegou a 9%. “Esses números nos animaram ainda mais a investir na expansão do negócio no Brasil”, afirma Guilherme de Paula.

OGX Se depender da Petronas, os detentores de bônus da empresa de Eike Batista não correm o risco de sofrer um calote em outubro, mês em que esperam receber juro sobre o capital investido na OGX. A empresa de Eike Batista deve embolsar a primeira parte do negócio com a petrolífera malaia (US$ 250 milhões) para pagar os acionistas. De acordo com Guilherme de Paula, a quitação da primeira parcela do negócio será feita tão logo saia a aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A aquisição, segundo ele, já foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O executivo garantiu ao Estado de Minas que não existe risco de a petroleira desistir do negócio com a OGX. “Os blocos já estão em desenvolvimento e a estimativa é que entrem em operação já no segundo semestre”, afirmou. De acordo com ele, a crise de credibilidade que assola a OGX não abala a expectativa de lucratividade dos poços comprados da empresa de Eike.


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