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Estado de Minas

Ministro propõe mais importação para segurar preços do feijão

Agricultura avisa que governo busca mercados para ampliar compra externa


postado em 05/06/2013 06:00 / atualizado em 05/06/2013 07:39

Com quilo do carioquinha custando até R$ 8 no país, Planalto quer evitar que o produto seja excluído da mesa por brasileiros(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Com quilo do carioquinha custando até R$ 8 no país, Planalto quer evitar que o produto seja excluído da mesa por brasileiros (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Depois do tomate, que foi o vilão da inflação dos últimos meses, o feijão começa a mostrar suas garras e já preocupa o governo. O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, avisou que o governo estuda aumentar a importação do produto para equilibrar o preço do item, que não pode faltar no prato do brasileiro por conta do preço. O quilo do feijão carioquinha custa até R$ 8 em algumas das principais capitais do país. Em Belo Horizonte ele passa de R$ 7.

“Se necessário, vamos importar feijão de onde tiver oferta para podermos equilibrar o preço. Estamos estudando. Justamente ouvindo os nossos produtores e buscando saber dos mercados importadores”, afirmou o ministro. “Estamos discutindo os mercados que têm condições de exportar a preços mais baixos do que temos no mercado nacional”, completou. “Queremos trazer tranquilidade ao nosso consumidor, de que teremos um produto de qualidade e preços acessíveis ao nosso consumidor”, pontuou Andrade.

As importações de feijão mais do que triplicaram em valores de 2011 a 2013, passando de US$ 18,8 milhões para US$ 62,7 milhões. No ano, o custo do feijão vem subindo acima da inflação oficial. O preto, por exemplo, em 12 meses já encareceu 23,06% enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 6,49% no mesmo período encerrado em abril. Até abril a alta do mulatinho foi de 34% e do carioca, de 23%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Plano safra

O ministro participou ontem do lançamento do Plano Safra 2013/2014 do governo federal, que vai destinar R$ 136 bilhões em subsídios aos produtores do país, com juros médios de 5,5% ao ano. Esse montante é 18% maior do que o do plano anterior (R$ 115 bilhões, dos quais R$ 110 bilhões foram utilizados). Entre as novidades, contempla R$ 25 bilhões para os próximos cinco anos para armazenagem e eleva valor destinado ao seguro para os produtores de R$ 400 milhões para R$ 700 milhões.

Durante o evento, a presidente Dilma Rousseff fez questão de destacar que a agricultura é um dos motores do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Cresceu 9,7% no primeiro trimestre do ano em relação ao anterior e 17% em relação ao mesmo período de 2012. “Eu não tenho dúvidas que a agricultura neste ano terá um crescimento excepcional com grande aumento de produtividade”, afirmou Dilma. “Temos uma capacidade produtiva que nos permite abastecer o mercado interno e exportar o excedente gerando riquezas para o nosso país”, completou.

Andrade demonstrou otimismo em relação ao plano e confessou que foi uma surpresa. “É um valor significativo. Ele surpreendeu todo o setor, sem dúvida nenhuma, pelo crescimento que tivemos em disposição de recursos no plano passado e também em relação aos juros. Em alguns casos, eles baixaram, como no setor de cooperativas, que passou de 9% para 6%”, disse. Ele destacou ainda a destinação de recursos para armazenagem.


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