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Estado de Minas

Inflação oficial acumula alta de 6,59% e ultrapassa teto da meta do governo

Os alimentos seguem como os vilões da inflação, com alta de 1,14% em março. Tomate acumula alta de 122,13% em 12 meses


postado em 10/04/2013 09:28 / atualizado em 10/04/2013 10:46

(foto: Soraia Piva )
(foto: Soraia Piva )

A inflação ao consumidor, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou em março, mas ainda assim ficou acima do teto da meta do governo (6,5%) no acumulado de 12 meses. O IPCA subiu 0,47% no mês passado, ante alta de 0,60% em fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira.

Em 12 meses, a taxa ficou em 6,59%, acima do teto da meta estipulada pelo governo, de até 6,5%. A última vez que o IPCA havia superado a meta do governo foi em novembro de 2011, quando a taxa registrou variação de 6,64%.

Neste tipo de comparação, as previsões dos analistas iam de uma alta de 6,50% a 6,70%, com mediana de 6,62%. No último relatório, a inflação acumulada em 12 meses ficou em 6,31%, mas o IPCA rompeu o teto da meta em quatro das 11 capitais pesquisadas: Recife (7,44%), Fortaleza (8,31%), Salvador (7,05%) e Belém (9,75%).

No ano, o IPCA acumulou uma alta de 1,94%.

Alimentos seguem como vilões

A inflação de março foi fortemente influenciada pelos alimentos, que tiveram aumento de preços de 1,45% para 1,14% e corresponderam a 60% da variação do IPCA. O tomate, por exemplo, considerado o vilão da inflação, acumulou alta de 122,13% em 12 meses, além da farinha de mandioca (151,39%). Os itens que registraram maiores aumentos em março foram cebola (21,43%), açaí (18,31%), cenoura (14,96%), feijão (9,08%) e tomate (6,14%). 

Também contribuiu para pressionar a inflação o grupo habitação, que registrou alta de 0,51% em março, ante -2,38% em fevereiro. Outros itens também se apresentaram em alta, destaque para empregado doméstico, que mostrou alta mais acentuada no grupo de despesas pessoaais (0,54%) ao passar da taxa de 1,12% em fevereiro para 1,53% em março, cabeleireiro, que foi para 1,14% em março, ao passo que em fevereiro havia tido queda de 0,27%.

Por outro lado, as passagens aéreas ficaram 16,43% mais baratas em março, a principal contribuição negativa por item sobre a inflação medida pelo IPCA. O movimento resultou em uma influência de -0 10 ponto porcentual para a taxa de 0,47% do IPCA. Em fevereiro, as passagens aéreas já tinham registrado queda de 9,98% nos preços. O item também puxou a deflação de 0,09% no grupo Transportes em março, que tinha registrado variação de 0,81% em fevereiro.

A gasolina também diminuiu o ritmo de alta em março para 0,09%, após ter aumentado 4,10% em fevereiro, como resultado do reajuste de 6,60% no preço do litro do combustível nas distribuidoras em 30 de janeiro. As despesas menores com transportes também tiveram influência em março da queda nas tarifas de ônibus interestaduais (de -0,44% em fevereiro para -0,97% em março) e da desaceleração nas tarifas de ônibus urbanos (de 0,62% para 0 35%) e de automóveis novos (de 0,59% para 0,35%). O grupo educação também contribuiu para a redução do índice de um mês para o outro, de 5,40% em fevereiro, a variação passou para 0,56%, em março. (Com agências)


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