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Estado de Minas

Bolões são a grande sensação da Mega da Virada, que pode pagar R$ 250 milhões

Regulamentados pela Caixa, bolões de apostadores descontraem o ambiente nas empresas nos últimos dias do ano e agrupam as expectativas em torno do prêmio da Mega-Sena da Virada


postado em 29/12/2012 00:12 / atualizado em 29/12/2012 10:02

Os colegas de uma revendedora de automóveis (acima), por exemplo, fizeram 90 jogos de seis números e vivem o sonho de ficar milionários, de olho em comprar imóveis e carros (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A/Press)
Os colegas de uma revendedora de automóveis (acima), por exemplo, fizeram 90 jogos de seis números e vivem o sonho de ficar milionários, de olho em comprar imóveis e carros (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A/Press)

Seis em cada 10 brasileiros com mais de 18 anos resolveram tentar a sorte e vão concorrer ao maior prêmio já pago pela Loteria Federal brasileira na história. Até ontem, a bolada prometida ao ganhador da Mega-Sena da Virada chegava a  R$ 230 milhões, mas há quem acredite que o valor possa ultrapassar R$ 250 milhões, já que, como é de praxe entre os brasileiros, grande parte dos jogos deve ser realizada até as 14h de segunda-feira – prazo máximo para as apostas. Segundo o último balanço da Caixa Econômica Federal, realizado na quarta-feira, mais de 80 milhões de apostas já haviam sido concluídas, num total de R$ 258 milhões.


Depois de estarem proibidos por duas Megas da Virada, os bolões voltam a movimentar as 12 mil casas lotéricas do país. Lançado em 1º de outubro pela Caixa, o bolão oficial garante recibos das apostas para todos os participantes, evitando episódios como o de 2010, quando um grupo de apostadores gaúchos ganhou mas não levou suas cotas da premiação, uma vez que o jogo não havia sido registrado. É uma forma de garantir segurança também para colegas de trabalho, familiares e amigos que se reúnem em bolões na tentativa de aumentar as chances de começar 2013 nadando em dinheiro – hoje de uma em 50 milhões.

Para não correr o risco de ver o organizador do grupo fugindo com a fortuna – episódio que também já aconteceu na história da loteria –, na hora de registrar o jogo basta informar que se trata de um bolão. Dessa forma, serão impressos volantes da aposta para todos os participantes, com limite de 100 unidades. Apesar da facilidade, o arquiteto de soluções Ítalo Giovani Abdanur Stefani manteve a tradição ao organizar a fezinha coletiva da empresa de tecnologia da informação onde trabalha. “Há três anos organizo o bolão e distribuímos cotas de R$ 10. Este ano, arrecadamos R$ 3,2 mil e fizemos jogos de 12, 11, 10 e oito números, além de vários outros de seis”, conta Ítalo.

Os volantes ficam com ele, mas todos os participantes já receberam fotos dos bilhetes com os números apostados, além de relatório das cotas distribuídas. Para o especialista em loteria e editor da revista Loteria Fácil, Alexandre Carlos, essa documentação já é suficiente para evitar golpes. “Com isso, já é possível ir a uma agência da Caixa e realizar a denúncia caso haja algum problema. Dessa forma, o prêmio é bloqueado”, explica. Ainda é possível comprar cotas de bolões realizados pelas próprias casas lotéricas, mas nesse caso poderá ser cobrada tarifa de administração de 35%. A Caixa informou que só divulgará dados sobre a procura pelos bolões quando o concurso for encerrado, na segunda-feira.

APOSTANDO ALTO
Na empresa de tecnologia da informação do programador Filippo Bretas, os 55 apostadores demonstraram toda sua esperança ao desembolsar até R$ 300 para garantir uma fatia da bolada mais cobiçada do país. Tudo de olho nos quase 2 mil carros de luxo ou 460 imóveis de R$ 500 mil que poderiam ser comprados com o valor total do prêmio, segundo estimativas da Caixa. Na poupança, a fortuna renderia mais de R$ 982 mil por mês, ou a bagatela de R$ 32 mil por dia.

“O bolão está sendo organizado desde meados do ano e muitos pagaram as cotas em prestações”, conta o programador, que dividiu os R$ 300 apostados em parcelas mensais. Com o dinheiro levantado na empresa, foi possível fazer um jogo de 15 números, um de 14 e um de 10, que somaram quase R$ 16,5 mil. Somente o bilhete com 15 números custa R$ 10 mil, mas Filippo garante que vale a pena, já que as chances, que antes eram de uma em 50 milhões – quando são selecionadas apenas seis opções –, sobem para uma em 10 mil. “Como posso ver meus colegas jogando e não participar?”, questiona Filippo.

O que fazer com o dinheiro? O vendedor de veículos seminovos da Honda Banzai Ricardo Diniz é categórico. “Com certeza teria que deixar o trabalho”, afirma. Com os colegas, ele fez 90 jogos de seis números. “Também quero ter uma casa e comprar um bom carro”, sonha.


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