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Estado de Minas

Empresas pedem queda maior no preço da energia

Indústria quer redução de até 25% no preço do insumo em medidas a serem anunciadas pelo governo nos próximos dias


postado em 11/08/2012 06:00 / atualizado em 11/08/2012 07:01

A indústria brasileira espera que o pacote para o setor elétrico, a ser anunciado pela presidente Dilma Rousseff depois da Olimpíada, traga uma redução de 20% a 25% no preço do insumo. Cálculos de um estudo encomendado pela Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostram que uma queda de 10% – bem menor do que a almejada pelos empresários – elevaria o Produto Interno Bruto (PIB) do país em 6% em uma década. Para um cenário como o de 2012, em que a expectativa do crescimento econômico do país é de 2%, isso representaria aumento de cerca de um terço no resultado da soma de todos os bens e serviços produzidos em território nacional.

Mas, ainda que o recuo no preço da energia elétrica a ser anunciado pelo governo federal alcance os 25%, não será suficiente para recuperar a competitividade da economia brasileira, alerta Paulo Pedrosa, presidente-executivo da Abrace. Para isso, segundo ele, seria necessário reduzir o custo pela metade. “Perdemos muito em capacidade de competição na indústria por causa do preço da energia. Mas a decisão do governo de mexer nos encargos que incidem sobre o setor (da ordem de 45% do preço total do insumo) e nas concessões é um avanço e um sinal histórico de que há disposição para mudar’. Na visão do especialista, o impacto será diferente para cada segmento empresarial. “Uma redução de 10% seria suficiente para gerar 4,5 milhões de empregos no Brasil em uma década”, avisa.

Para José Luiz de Melo Aguiar, presidente da Câmara da Indústria de Energia da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), a expectativa do segmento em Minas em relação ao anúncio a ser feito por Dilma é de um recuo de pelo menos 20% nos gastos com energia, em média. “Há oito anos o Brasil tinha a energia mais barata do mundo. Hoje, tem a mais cara. Mas há oito anos, a comida também era mais barata, as roupas e muitos outros produtos. Nesse período, o custo Brasil subiu muito”. Aguiar sustenta que a redução de 20% nos preços do insumo será insuficiente a para recuperar a competitividade perdida. Por outro lado, concorda que esse é um sinal importante para o segmento no estado.

Mercado livre atrás das pequenas  


O excesso de oferta de energia no país, decorrente da queda na atividade econômica, está forçando os agentes do Mercado Livre a correrem atrás das médias e pequenas empresas, que hoje estão fora desse ambiente de contratação. Atualmente, 28% da energia vendida no Brasil – o que representa mais de 50% da usada na indústria brasileira – está nesse mercado. Mais de 15 mil empresas pequenas e médias enfrentam como principal entrave para entrar no segmento a complexidade das operações de compra e venda do insumo. “Quem se muda para o mercado livre tem um ganho de 15%, mas isso requer acompanhamento constante e gestão pró-ativa. Esse é um momento para entrar porque as condições são favoráveis”, afirma Paulo Pedrosa.


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