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Estado de Minas

Dia turbulento para a Espanha

País anuncia emissão de novos títulos para financiar dívida de regiões autônomas. BC confirma recessão no segundo trimestre


postado em 30/05/2012 06:00 / atualizado em 30/05/2012 07:13

Madri – O nível de risco soberano da Espanha disparou para um nível recorde na era do euro ontem, com Madri anunciando a emissão de novos títulos para financiar a dívida que atingiu as regiões autônomas e com os bancos se esforçando para limpar empréstimos tóxicos. Além disso, o Banco Central espanhol anunciou que a economia do país seguirá em recessão no segundo trimestre do ano. Para piorar a situação, ainda ontem a agência de classificação de risco Egan-Jones Ratings rebaixou o rating da Espanha de novo - o terceiro em menos de um mês. O rating foi reduzido de BB-menos para B.

O prêmio da dívida – o retorno extra que os investidores exigem para comprar títulos espanhóis em detrimento dos títulos alemães, mais seguros – saltou para o recorde de 5,16 pontos percentuais. Os mercados fraquejaram ante preocupações sobre o nível da dívida em poderosos governos regionais e em sinal de um sistema bancário sob estresse, forçado a obedecer a duras novas reformas. O governo espanhol disse que iria aprovar na sexta-feira a questão dos bônus conjuntos - os "hispanobônus" – por parte dos 17 governos regionais, de modo a tornar mais barato para eles o financiamento de suas dívidas.

O objetivo é reduzir a pressão sobre as regiões, que é frequentemente maior que a pressão sobre o Estado de uma maneira geral, com algumas regiões não sendo capazes de contrair empréstimos no mercado", disse um porta-voz do Ministério da Economia do país. Ontem, o governador do Banco Central da Espanha, Miguel Ángel Fernández Ordóñez, afirmou que abandonará seu cargo em 10 de junho, um mês antes do fim de seu mandato.

Os 17 governos regionais da Espanha têm sofrido uma queda das receitas fiscais e um aumento da dívida desde o colapso imobiliário de 2008 e estão lutando para pagar fornecedores.

Reserva

O governo este mês instruiu os bancos a reservar um extra de 30 bilhões de euros em 2012 para o caso de problemas com os bens relacionados a empréstimos, além dos 53,8 bilhões de euros exigidos para reformas decretado em fevereiro. Três caixas de poupança espanholas – Ibercaja, Liberbank e Caja3 – anunciaram uma fusão. Outro credor, o Banco Popular, cuja dívida de longo prazo foi rebaixada pela Standard & Poor's na sexta-feira para o nível de junk bonds (bônus lixo), disse que estava tentando vender seu internet banking para obter capital.

Os investidores expressaram preocupações depois que o governo conservador do primeiro-ministro Mariano Rajoy afirmou que estava considerando usar a captação obtida pela emissão de dívida soberana para injetar capital diretamente no Bankia, que foi recentemente nacionalizado.

O Bankia pediu na sexta-feira que o Estado injetasse 19 bilhões de euros para ajudar a instituição a cumprir as regras mais rigorosas de capital, além dos 4,465 bilhões de euros investidos pelo Estado no início deste mês. A imprensa espanhola disse que outros bancos problemáticos poderiam precisar de outros 30 bilhões de euros.


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