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Estado de Minas

Auxílio-desemprego dos EUA faz Bovespa abrir em alta


postado em 03/05/2012 10:20

A queda maior do que a esperada nos pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos nos EUA garantiu uma abertura em alta para a Bovespa hoje: 0,24%, aos 62.574,81 pontos. Os negócios locais voltam a acompanhar os mercados internacionais, após o ajuste positivo de ontem. Mas a Bolsa também monitora os mercados domésticos de câmbio e juros, em meio ao iminente anúncio pelo governo federal de mudanças na rentabilidade de poupança - condição para a continuidade do processo de redução da taxa básica de juros (Selic).

O estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, avalia que a possível mudança nas regras da poupança "ainda não chegou na Bolsa, mas deve ter algum impacto, já que tira a atratividade de outros mercados e o investidor terá de buscar mais risco". Mas o analista da Socopa Corretora, Marcelo Varejão, lembra que "ainda falta a notícia definitiva".

O operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista destaca que as alterações planejadas para a remuneração da caderneta de poupança, que devem ser anunciadas ainda hoje, estão movimentando principalmente o mercado futuro de juros. "A Bolsa está monitorando os DIs e, quando essa mudança significar uma queda da taxa básica de juros, vai beneficiar os negócios com ações."

Desta forma, o mercado pode trabalhar em cima de papéis de bancos e de outras empresas que venham a se beneficiar com essa medida, caso das construtoras. "O investidor também deve olhar com mais atenção para as empresas que são boas pagadoras de dividendos, já que a atratividade da renda fixa e da poupança vai perder espaço", acrescenta o profissional citado acima em anonimato.


No mercado, existe a expectativa de que a presidente Dilma Rousseff dê detalhes sobre as mudanças na poupança na reunião do Conselho Político, formado por ministros, líderes governistas e líderes dos partidos aliados, às 14 horas. Às 15h30, ela se reunirá com sindicalistas e, às 16h30, com empresários.

O dado da produção industrial, divulgado pelo IBGE hoje, que apontou queda de 0,5% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, reforça a necessidade de estímulos à economia visando o crescimento do PIB.

Porém, o cenário externo continua ditando o ritmo da Bolsa. Por enquanto, o sinal positivo permanece e os ganhos foram realimentados pelo dado de auxílio-desemprego nos EUA, que apontou queda de 27 mil pedidos na semana até 27 de abril, maior que a previsão de -10 mil solicitações. Às 11 horas, o ISM anuncia o índice de atividade (gerentes de compra) do setor de serviços no país. No horário acima, o S&P 500 futuro subia 0,10%.

Já na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou nesta manhã a manutenção do juro básico da zona do euro na mínima recorde de 1%, nível no qual está desde dezembro do ano passado. A decisão ficou em linha com as previsões. Mais cedo, a forte demanda por títulos da Espanha sustentava os mercados europeus. Às 9h50, a Bolsa de Frankfurt subia 0,30% e a Bolsa de Madri avançava 0,79%.

De volta à Bovespa, no setor financeiro, as ações do Banco do Brasil merecem destaque, após a instituição anunciar hoje uma queda de 14,7% no lucro líquido do primeiro trimestre deste ano, para R$ 2,502 bilhões, na comparação com o mesmo período de 2011. Na comparação com o quarto trimestre do ano passado, o recuo foi de 15,8%.

A taxa de inadimplência (atrasos acima de 90 dias) fechou março em 2,2%, pouco acima dos 2,1% de dezembro e do primeiro trimestre de 2011. Mesmo com a alta moderada, o BB gastou R$ 3,576 bilhões com provisões para devedores duvidosos (PDD) nos três primeiros meses de 2012, alta de 23% ante dezembro.

No setor de siderurgia, os investidores repercutem os resultados da Gerdau, com lucro líquido de R$ 397 milhões, número 3% inferior aos R$ 409 milhões registrados no mesmo período de 2011. O lucro da Gerdau ficou em linha com a expectativa do mercado, de R$ 398,2 milhões.

No setor de energia, a Comgás registrou lucro líquido de R$ 73,553 milhões no período, alta de 7,78% ante os R$ 68,243 milhões registrados no mesmo período de 2011. Junto com o balanço, a controladora da Comgás, a britânica BG, anunciou memorando de entendimento para a venda de participação de 60,1% na distribuidora de gás para a Cosan, por R$ 3,4 bilhões (US$ 1,8 bilhão). Segundo a empresa, a transação deve estar finalizada até o fim deste ano.


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