A maratona de desfiles do segundo dia do Minas Trend Preview, que aconteceu nesta quinta-feira, começou na Praça da Liberdade. Na passarela, montada no caminho central da praça, a grife Patrícia Motta foi a primeira a desfilar. Inspirada no tema “Liberdade”, a estilista conhecida por seu minucioso trabalho com o couro, apresentou vestidos inspirados nos anos 20 e no movimento Arte Déco. Cocktail dresses de python, adornado com franjas nas barras e jaquetas e saias confeccionadas em couro leve e com estampas geométricas traduziram bem a referência Art Déco da estilista. “Os anos 20 estão presentes nas formas geométricas e nos tons doces,como o blush, o cream e o acqua”, explica Patrícia.
Depois foi a vez da Gig, da estilista Gina Guerra, apresentar sua coleção. A poetisa americana Emily Dickinson e sua visão leve e suave do verão foram a inspiração da grife. A renda, tendência máxima para o verão 2013, estava presente em shorts e casacos leves, alusivos a um verão romântico e floral. A suavidade das peças se destacou ainda mais com o uso de tons pastéis, outra grande tendência, como o salmão, o verde água e o rosa.
A Vivaz foi a última grife a entrar na passarela. O clima de balneário estava presente nos vestidos com modelagem bodycon, mais justas e no uso do crinol em pequenos detalhes de vestidos ou mesmo como uma cobertura aos bordados gráficos e orgânicos, outra marca registrada da grife. “Nos inspiramos no trabalho de Oscar Niemeyer, no concretismo de Lygia Clark e nas obras do artista plástico mineiro Ronaldo Leite”, explica a estilista Camila Faria.
O minimalismo, marca registrada do trabalho da estilista Raquel Davidowicz, ganhou novo frescor com o uso de cores como o cinza mineral, o azul cobalto e o verde militar. Os recortes geométricos, tendência para o verão 2013 também acrescentaram um novo conceito à coleção. “Todas as minhas criações têm um apelo prático, peças versáteis para serem usadas no dia a dia da mulher contemporânea”, explica a estilista.
Depois da Uma foi a vez da E. Store, grife com pegada minimalista, mostrar a sua coleção. As formas simples e os shapes fluidos ganharam ares modernos com a mistura de diferentes texturas. Os looks monocromáticos em off White e branco foram a escolha do mineiro Eduardo Amarante para os vestidos e macacões da grife.
A Patogê fechou a primeira parte dos desfiles desta quinta-feira com uma apresentação performática. Ao som do grupo musical de improvisos Orquestra Voadora os modelos entraram na passarela vestindo calças, saias e até t-shirts feitas de jeans. Entre os modelos, pantalonas, saias godês e shorts de cintura alta e comprimento mini. As lavagens do jeans também foram um ponto forte da coleção. “Trabalhamos desde a lavagem mais vintage, rasgada e desbotada, até o jeans com aplicações de brilhos”, afirma Alexandre Mor, estilista da grife.
Às 21 horas foi a vez de Alessa entrar na passarela. A estilista carioca que é famosa por seus caftãs e vestidos longos se inspirou no fundo do mar, e criou estampas que remetem à vida marinha. Os shapes fluidos e largos ganharam outra cara com os plissados. Em seguida, Fabiana Milazzo apresentou um pout-porri de mulheres, todas inspiradas nas canções de Chico Buarque.
A silhueta feminina foi o ponto chave da coleção, e recortes geométricas deram origem a interessantes estampas. Vitor Zerbinato fechou os desfiles desta quinta-feira. O mar também foi o ponto de partida para seu verão. Vestidos em formas A fizeram referência aos rabos de peixes. Na cartela de cores, areia, branco, azul, verde e dourado.