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Estado de Minas PÁSCOA

Redução dos preços dos ovos de chocolate na capital já chega a 7%

Tendência é de novas quedas até sexta-feira


postado em 03/04/2012 06:00 / atualizado em 03/04/2012 09:29

Começou a desova nas prateleiras. E não se trata de força de expressão. Há poucos dias da Páscoa, a proximidade da tradicional troca de ovos de chocolate, que impulsiona o consumo nesta época do ano, empurra para baixo os preços dos produtos que têm o coelhinho como mote. A redução média é de 7%, na comparação com o que marcavam as etiquetas no início de março. As informações são de levantamento do site Mercado Mineiro, que pesquisou 142 tipos de ovos de Páscoa, em 14 estabelecimentos, no fim do mês passado. Quando a base é a Páscoa de 2011, contudo, segundo pesquisa nacional da Fundação Getulio Vargas (FGV), os ovos ficaram 8,96% mais caros – justamente o reajuste previsto pelas fabricantes do setor. A justificativa seria, segundo elas, as altas de commodities como açúcar e cacau no mercado internacional durante o ano passado.

Quem espera a famosa hora da Xepa para fazer as compras de chocolate se dá bem. “A tendência é que os preços caiam ainda mais depois de quinta-feira, porque é o tipo do produto que se encalhar depois de domingo, já era”, conta a vendedora Katarina Pereira, da Delicatessen Biscoito Monteiro, no Mercado Central de Belo Horizonte. De acordo com Feliciano Abreu, diretor-executivo do Mercado Mineiro, o levantamento do ano passado indicou, na comparação de preços no mesmo período, variação negativa de 6,4% nos preços. “Não é exatamente indicativo de que as fabricantes superestimaram a demanda, mas é consequência do hábito de se deixar as compras para a última hora”, acredita.

Maria Virgínia sempre faz pesquisas:
Maria Virgínia sempre faz pesquisas: "Há diferenças de até R$ 10" (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
Procurada pela reportagem, a Associação Brasileira das Indústrias de Chocolates, Cacau, Amendoin, Balas e Derivados (Abicab), informou que a política de sugestões de preços varia bastante para cada fabricante. O levantamento do Mercado Mineiro, segundo Abreu, é extremamente dinâmico, e até quinta-feira, é atualizado diariamente, referenciando, inclusive, atacadistas do setor extremamente competitivo.

No próprio Mercado Central, vendedores circulam entre as bancas, “assuntando” os preços praticados pelos concorrentes. Esse movimento encabeça a variação encontrada entre diferentes lojas – boa pesquisa antes de comprar pode revelar, segundo o site especializado, diferenças de preço de até 104,78%, no mesmo ovo. O Lacta Ouro Branco nº 20, por exemplo, pode ser encontrado de R$ 20,50 até R$ 41,98. Quanto à queda de preços na comparação com o princípio de março, quem puxa a fila é o Bis Laka nº 15, que custava em média R$ 23,04 e na última semana saia por R$ 19,89.

É por isso que a professora Maria Virgínia Maciel Jordana, que na tarde dessa segunda-feira fazia pesquisa de preços para levar ovos de chocolate para o marido e para seus 60 alunos, sempre deixa as compras para a véspera. “Queria deixar para quinta, sexta-feira, mas infelizmente eu não teria tempo para vir até o mercado.” A atenção à pesquisa de preços também é regra, nos hábitos de consumo da moça: “Encontrei, no ovo que comprei para o meu marido, diferenças de preços de até R$ 10”.

Bacalhoada fica ais em conta

Se os chocolates já perderam completamente o referencial religioso do feriado da Semana Santa e da Páscoa, os peixes, símbolos primordiais do cristianismo honram a causa. E, no caso, a queda no preço do bacalhau é milagre mesmo. Segundo o site Mercado Mineiro, o quilo do pescado originário das frias águas da Noruega, em Belo Horizonte, registrou, em média, queda de 3,31%, no tipo mais comum, o saith. O bacalhau do porto imperial teve queda ainda maior: o preço médio de R$ 61,42, praticado no início de março, foi para R$ 53,34, na semana passada. A queda chega a 13,16%.

“Eu acho que continua caro, mas não dá para abrir mão dessa tradição. Na Sexta-feira da Paixão, o bacalhauzinho é sagrado”, decreta Puríssima da Silva Ribeiro, servidora pública que reclamava também dos salgados preços das azeitonas, acompanhamento também indispensável à preparação do prato. Já a aposentada Marina Alves de Rezende, toda prosa, era só sorrisos, mesmo desembolsando mais de R$ 100 no bacalhau do porto que comprou no mercado. “A gente trabalha muito é para comer bem. Lá em casa são só três pessoas, mas a gente acaba fazendo uma média para os vizinhos.”

A variação de preços entre diferentes tipos de bacalhau, registrada pelo Mercado Mineiro, pode chegar a 201%. O quilo do bacalhau saith pode ser encontrado por R$ 15,90 e também por R$ 48. “A diferença fundamental é na espessura do bacalhau”, explica Antônio Sérgio Tavares, proprietário do Império dos Cocos. Segundo ele, bacalhaus mais grossos, dos que vêm em caixas com nove unidades, são mais caros, na comparação com aqueles que, em caixas de mesmo volume, vêm em 30 unidades. A média de comercialização no período, na loja, segundo ele, é de 6 mil quilos – esta semana final da quaresma responde por metade desse Volume. (FB)


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