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Estado de Minas

BCE mantém taxa de juros em 1%, em linha com estimativas


postado em 08/03/2012 15:33

O Banco Central Europeu (BCE) manteve sua taxa básica de juros sem alterações, em 1%, anunciou nesta quinta-feira um porta-voz da instituição. A medida era amplamente espera pelos analistas, por dois motivos principais: a economia da região está se estabilizando, apesar de o crescimento ser anêmico, enquanto que a inflação continua sendo alta devido à alta dos preços do petróleo.

Para o analista Holger Schmieding, da Berenberg Bank, uma eventual futura alteração da taxa seria para elevá-la, mas isso não deve acontecer antes de março de 2013, diz ele. No início do mês, no entanto, o Fundo Monetário Internacional (FMI), disse que o Banco Central Europeu (BCE) deveria baixar ainda mais sua taxa de juros referencial para impulsionar o crescimento econômico na deteriorada zona do euro.

Enquanto os governos estão cortando gastos para reduzir seus déficits, o impacto que isto poderia ter na desaceleração do crescimento poderia ser compensado por taxas mais baixas e outras possíveis medidas do BCE, disse o FMI.

"A política monetária do BCE deveria ser altamente flexível, coerente com seu objetivo de garantir uma estabilidade de preços. Isto poderia ser obtido reduzindo a taxa de juros referencial, para o qual há margem de manobra, e se for necessário, poderiam ser aplicadas novas medidas extraordinárias", destacou.

Também nesta quinta-feira, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, anunciou que a instituição prevê uma redução de 0,1% do PIB na Zona Euro em 2012, contra um crescimento de 0,3% projetado anteriormente.

O BCE prevê ainda uma inflação de 2,4% em 2012 na região, contra 2% previstos na última estimativa. Para 2013, o crescimento será de 1,1% (contra +1,3%) e a inflação será de 1,6% (contra 1,5%), de acordo com o instituto.



O banco manteve sua principal taxa de juros sem mudanças, em 1%, seu mais baixo nível histórico, no qual se encontra desde dezembro. De acordo com Draghi, há claros sinais de estabilização da economia da Zona Euro (...) ainda que ela continue sujeita a riscos.

O presidente do BCE afirmou ainda que as duas recentes multimilionárias emissões de empréstimos a três anos do instituto emissor a bancos da Zona Euro foram um "êxito inquestionável". "Os mercados (financeiros) voltaram a se abrir (...). A confiança voltou a Zona Euro", disse.

Recentemente, o presidente do BCE havia expressado sua decepção pelo fato de que os bancos não utilizaram mais o dinheiro distribuído para emprestar a empresas e pessoas físicas. Desde que assumiu seu cargo em novembro, em substituição a Jean-Claude Trichet, Draghi se concentrou em tentar conter os efeitos da crise da dívida na Europa. Em dezembro, o BCE havia rebaixado sua principal taxa de juros em um quarto, para 1%. Com isso, esta taxa voltou a seu mínimo histórico, que já havia atingido entre maio de 2009 e abril de 2011.


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