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Estado de Minas ALÍVIO, SÓ SABENDO COMO ECONOMIZAR

Opções para planejar os gastos de até R$ 200 mil, em 12 anos, com mensalidades escolares


postado em 12/02/2012 07:30 / atualizado em 12/02/2012 07:32

Você já parou para pensar quanto custa a escola do seu filho durante todo o ano? Já fez os cálculos de quanto precisaria poupar para bancar a educação privada da primeira série ao ensino médio? O resultado pode surpreender e assustar, mas segundo analistas do setor, o melhor é não perder tempo e começar a poupar. Nos últimos três anos, o reajuste médio anual das mensalidades das escolas particulares de Minas Gerais foi superior à inflação, ficando próximo aos 10%. Como para muitos pais educação é investimento, apontado até mesmo como o principal ativo da família, alguns cálculos podem ajudar no financiamento dos estudos. Afinal, a estrada é longa, da 1ª série ao ensino médio são 12 anos de desembolso com mensalidades que chegam a somar R$ 200 mil.


O preço médio da escola em Belo Horizonte, segundo levantamento do site Mercado Mineiro, é de R$ 615,30 por mês, contadas as mensalidades da 1ª à 5ª série. Na região Sul da cidade, o valor é 40% maior. Se adicionado ao preço médio da cidade uma taxa mensal de juros de 0,79%, ou 10% ao ano, só para este primeiro ciclo da vida escolar, a família desembolsaria R$ 47,5 mil, como mostra o professor de Finanças Paulo Vieira. Para alcançar esse valor, considerando uma aplicação na caderneta de poupança, a reserva mensal deve ser de R$ 677,19. Vale observar que a mensalidade que hoje custa R$ 615, em 2016, levando-se em conta as projeções de reajuste, pode alcançar os R$ 900.

A realidade das finanças da fotógrafa Mércia Castro, mãe de Arthur Dias, de 6 anos, se enquadra bem nos cálculos citados, já que Artur começou a frequentar a primeira série, e ela também espera um novo bebê para agosto. Mércia diz que prioriza a educação e por isso faz questão de manter a qualidade do ensino que pagará para os filhos, ainda que a escola seja o terceiro item de maior peso no orçamento da família, só perdendo para o aluguel e alimentos. “A escola do meu filho não é aquela mais perto de casa e nem a mais barata. Escolhemos pela qualidade”, afirma. Se ela tiver que fazer cortes, prefere abrir mão de lazer e viagens. “Mudo de hábitos, mas não abro mão da boa escola.” Mércia calcula que seu gasto anual fique próximo dos R$ 10 mil, mas nunca fez contas na ponta do lápis.

Se a fotógrafa começasse a planejar a escola do filho que ainda vai nascer e estipulasse cinco anos de poupança antes de o menino ingressar na escola, os cálculos poderiam ser outros. Segundo o matemático e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Leopoldo Grajeda, considerando o preço médio da escola em Belo Horizonte, o valor gasto pelas famílias que terão os filhos ingressando no ensino particular em 2017 será de R$ 273 mil, sem contar uma possível universidade privada. E como chegar até lá? “Sei que a escola é muito cara, mas nunca parei para calcular o montante total que irei gastar. Já pensei em começar uma poupança, mas ainda não foi possível”, diz Mércia, que ainda está no início do ciclo típico de gastos com educação dos filhos.

Segundo Leopoldo Grajeda, para o segundo filho, contando que a vida escolar comece depois de cinco anos de poupança, a família da fotógrafa vai desembolsar R$ 68 mil no primeiro ciclo, R$ 92 mil da 6ª à nona série e R$ 113 mil no ensino médio. “Se a família fosse guardar dinheiro hoje para toda a educação do filho, deveria depositar na poupança cerca de R$ 242 mil”, diz Grajeda. Como alternativa, se guardasse na poupança, durante cinco anos, R$ 2.420 por mês, chegaria nesse intervalo de tempo ao montante indicado. Outra alternativa é poupar de forma mais devagar. Guardando durante 17 anos o valor mensal de R$ 1.050, as famílias conseguem chegar ao custo total da escola. “Em determinado momento, a família vai pagar uma mensalidade menor que esse valor e guardará a diferença. Em outro momento, pagará uma mensalidade maior e terá, então, à disposição a economia reservada anteriormente para completar a nova diferença.”

Os cálculos mostram que a reserva obtida mês a mês será bem superior ao salário mínimo nacional de R$ 622 e por isso outras formas de investimento mais rentáveis que a poupança devem ser avaliadas pelas famílias, já que a diferença é razoável. De acordo com Grajeda, o planejamento da escola é feito para longo prazo e portanto comporta até mesmo uma aplicação em bolsa de valores. “O ideal é que ao definir a poupança para pagar a escola, a família busque orientação de um personal de finanças que poderá indicar investimentos melhores que a caderneta.”


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