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Estado de Minas

Aluguel em BH tem alta de mais de 10%

Mesmo com avanço na oferta de imóveis residenciais, preço da locação superou em muito a inflação geral na capital


postado em 10/01/2012 06:00 / atualizado em 10/01/2012 06:39

Nem mesmo a farta oferta de imóveis residenciais conseguiu frear a inflação do aluguel em 2011 na capital mineira. O preço da locação residencial em Belo Horizonte registrou alta de 10,47% no ano passado, enquanto a inflação em BH foi de 7,22%. A oferta de imóveis para a locação cresceu 32,15% em 2011 ante queda de 7,64% em 2010. Os dados são da pesquisa da Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI-MG), Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (Secovi-MG) e Instituto de Pesquisas Econômicas e Administrativas (Ipead-Ufmg).

Apesar do número maior de imóveis no mercado, os preços seguem em elevação. Entretanto, a previsão é de que haja uma adequação aos custos. “O preço de locação tende a uma acomodação, pois estão mais próximos da inflação”, afirma Ariano Cavalcanti de Paula, presidente da CMI-MG.

Em 2010, o preço do imóvel residencial teve alta de 13,02%, mais do que o dobro da inflação registrada no período na capital, de 5,81%. “Apesar da maior oferta de imóveis, a demanda ainda segue maior”, avalia Ariano de Paula. Ele ressalta que o aumento no valor da locação levou os imóveis a voltarem a ficar interessantes aos investidores. “Antes o preço do aluguel estava muito barato, ninguém interessava em colocar os imóveis no mercado”, diz. No segmento comercial, os preços subiram 13,47% e a oferta foi 25,36% maior no ano passado.

Em dezembro, a alta no preço dos aluguéis residenciais foi de 1,01% frente inflação de 0,59% na capital. A oferta teve queda de 2,46%. A variação geral residencial por tipos imobiliários foi de 0,64% para casas, seguida por apartamentos (1,01%) e barracões (2,04%). Já os aluguéis de apartamentos apresentaram as seguintes variações: 1,84% (popular), 1,48% (médio), 1,06% (alto) e 0,62% (luxo). A rentabilidade do aluguel sobre o valor do imóvel está hoje entre 0,7% e 0,8%, informa Ariano de Paula. Os bairros com maior demanda são os de baixa e média renda.

Demanda estudantil

Os estudantes de faculdades tendem a pressionar a procura por imóveis em janeiro e fevereiro, avalia Paulo Tavares, presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Creci-MG). “Os apartamentos de dois quartos devem ser os mais procurados, principalmente nas regiões da vizinhança das faculdades”, observa. O mais difícil, na sua avaliação, é encontrar unidades novas. “Temos muitos imóveis em construção, mas houve atraso na entrega em função da escassez de mão de obra e de materiais”, diz. A oferta de unidades novas, diz, deve começar a ocorrer apenas no segundo semestre deste ano.

O valor do aluguel comercial teve alta de 1,45% em dezembro em Belo Horizonte. Segmentada por tipos imobiliários, a pesquisa mostra as seguintes variações nos preços médios: 3,21% (andares corridos); 1,89% (casas comerciais), 2,16% (galpões), 0,43% (lojas) e 01,72% (salas). No mês, a oferta de imóveis comerciais registrou queda de 2,65%. O levantamento apontou em dezembro alta somente para andares corridos (7,67%) e lojas (6,92%). Os demais tipos imobiliários – casas comerciais (-1,84%), galpões (-6,3%) e salas (-2,26%) – apresentaram queda.


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