
Do total de pedidos de falência, 101 foram de micro e pequenas empresas, 43 de médias e 20 de grandes empresas. O chefe do departamento de estudos econômicos da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu Gomes explica que a perda de impulso da economia afetou a confiança do consumidor, reduzindo o consumo das famílias neste final de ano. “Nessa situação, as empresas que têm custos mais fortes são as mais afetadas.” De fato, de janeiro a novembro o indicador do Serasa captou que o caixa dos grandes empreendimentos foi o mais afetado pela redução do crescimento econômico. No período, 17 grandes empresas fecharam as portas, contra 12 empresas no ano passado. Já no segmento de micro e pequenos negócios o índice de falências caiu 11,2% e para as médias empresas caiu 22,4%.
A boa notícia, segundo o Serasa, é que, apesar do aperto financeiro, caiu o percentual de empresas que literalmente saíram do mercado por incapacidade de continuar pagando suas despesas. Em novembro, foram decretadas 38 falências no país, menor número de ocorrências desde 2005. Para Carlos Henrique de Almeida, o resultado está relacionado com a recuperação judicial. Em novembro, os pedidos avançaram 66% em relação a outubro, com crescimento em empresas de todos os portes.
