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Estado de Minas

Zapatero reconhece 'erros de gestão' diante da crise


postado em 26/11/2011 15:20

O atual presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, reconheceu neste sábado "erros de gestão" para explicar a derrota eleitoral dos socialistas, e criticou a União Europeia (UE), "que não foi capaz de encontrar até agora uma solução estrutural ao problema da dívida".

"Cometemos erros de gestão e de comunicação, imputáveis somente a nós mesmos. E podemos avaliar melhor o seu alcance quando tivermos mais distância em relação aos acontecimentos", admitiu Zapatero diante de dirigentes do partido socialista, depois da esmagadora derrota do PSOE nas eleições legislativas de 20 de novembro, vencidas pelo Partido Popular (direita) de Mariano Rajoy.

Zapatero voltou a atribuir este resultado à crise econômica que atingiu profundamente a Espanha desde a explosão da bolha imobiliária, em 2008, com uma taxa de desemprego de 21,52%, a mais alta dos países industrializados.

"Não é uma desculpa. A principal explicação destes resultados singularmente adversos reside nas consequências singularmente adversas da crise econômica", afirmou Zapatero perante o comitê federal do PSOE.

O chefe de governo em fim de mandato justificou as impopulares medidas de rigor adotadas desde o início de 2010 afirmando que "fizemos o necessário para evitar que ocorresse o que aconteceu em outros países, que perderam autonomia interna", referindo-se principalmente à Grécia, que precisou solicitar a ajuda da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

No entanto, Zapatero criticou a UE, considerando que se tratou de um "esforço absorvente e esgotador no contexto pouco favorável de uma UE que não foi capaz de encontrar até agora uma solução estrutural ao problema da dívida".

"Na realidade, uma solução estrutural para o próprio futuro da união econômica e monetária", destacou.

Depois de Grécia, a Espanha, assim como Itália e Portugal, tem cada vez mais dificuldades para se financiar nos mercados, onde as taxas das obrigações alcançaram níveis sem precedentes nas últimas semanas, mostrando um contágio da crise da dívida soberana que atinge toda a Eurozona.

O próximo congresso do PSOE será realizado em Sevilha (sul) de 3 a 5 de fevereiro.


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