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Estado de Minas

Produtos das ceias de fim de ano sobem até 80% em BH


postado em 22/11/2011 06:00 / atualizado em 21/11/2011 23:35

(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Vinhos, castanhas, bacalhau, nozes, frutas cristalizadas, amêndoas… Praticamente todos os produtos típicos das festas natalinas sofreram reajuste de preços e vão chegar mais caros à mesa do consumidor este ano. As justificativas vão desde a falta do produto no mercado interno até a alta do dólar, passando pela própria escalada da inflação. Para manter a tradição, será necessário desembolsar mais e, em alguns casos, como o da castanha-do-pará e da castanha-de-caju – consideradas as vilãs da cesta –, a alta em relação ao ano passado pode ultrapassar a casa dos 80%.

É o que calcula o gerente de Negócios do Super Nosso, Hamilton Dias de Almeida. “A exportação desses produtos foi maior. Outra que teve variação importante foi a ameixa, que subiu mais de 80%, e as passas, com elevação entre 20% e 30%”, calcula. Além da concorrência com o mercado externo, a disparada de preços das variedades de castanha está associada à quebra na safra. “A produção caiu cerca de 60%. Deve haver uma recuperação agora com o início da nova colheita, mas o produto ainda chegará mais caro no Natal”, alerta o diretor da Royal Empório, Cristóvão de Morais.

Nas bancas do Mercado Central também é consenso. Não há quem não tenha reajustado os preços. “Hoje o quilo da castanha-do-pará descascada sai por R$ 49,90. Em geral, todos os produtos encareceram, com exceção do damasco”, pondera o gerente da Império das Castanhas, Wellington Pereira. O proprietário da banca Império dos Cocos, Antônio Sérgio Tavares, ainda acrescenta que entre as mercadorias que estão mais em conta estão as tâmaras, que passaram de R$ 18 o quilo em 2010 para os atuais R$ 12,90. “Produtos do Oriente Médio em geral estão com boa oferta, por isso, os preços mais em conta. O damasco foi de R$ 24 para R$ 18”, observa.

Pela metade! A professora Dolores Ferraz, moradora de São João del-Rei, na Região Central de Minas, confessa que teve de diminuir as compras para adequar a ceia de Natal ao orçamento. “No ano passado levei um quilo de cada produto. Agora, tive que diminuir para meio quilo. Tudo aumentou”, confessa, enquanto paga a conta de R$ 370 pelo carrinho repleto de produtos típicos.

Os tradicionais bacalhau e peru também não passaram ilesos. “A alta ficará entre 10% e 15%. Poderia ser maior, mas conseguimos uma boa negociação com os fornecedores na compra de grandes volumes”, conta Hamilton. O proprietário do Empório Ananda, Geraldo Henrique Campos, garante que, por enquanto, o produto ainda está mais barato que em 2010, realidade que pode mudar. “Nosso estoque está mais baixo cerca de 20% e deve faltar bacalhau. O que sobra, fica mais caro.”

Segundo pesquisa do site MercadoMineiro, o bacalhau do porto teve elevação média de 13,96%. “Os produtos que subiram, superaram em muito a inflação”, avalia o coordenador do site, Feliciano Abreu. O principal alerta aos consumidores está na diferença de preços entre os estabelecimentos que pode chegar a 183%, caso do quilo da ameixa importada por exemplo. “Antes de comprar é preciso pesquisar e questionar”, avalia Feliciano. Presença garantida, os vinhos também podem chegar mais caros, em média de 15% a 20% por conta da variação cambial. Apesar da previsão Raquel Fernandes Araujo, que é importadora, discorda e vê tendência de queda nos preços.


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