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Estado de Minas

Impasse trava governo grego

Primeiro-ministro oficializa renúncia, mas negociação dos partidos para escolha do sucessor fracassa mais uma vez


postado em 10/11/2011 06:00 / atualizado em 10/11/2011 06:41

Atenas – O acordo para a formação de um governo de unidade nacional na Grécia desmoronou nessa quarta-feira, horas depois de o primeiro-ministro George Papandreou dizer que estava entregando seu cargo a uma coalizão que não existe. Em um dia que foi bizarro e caótico, Papandreou desejou boa sorte a seu sucessor e dirigiu-se para encontrar o presidente grego, apenas para descobrir que não havia nenhum sucessor, devido a rixas nos partidos políticos. Mais cedo, fontes disseram que os membros dos partidos socialista e conservador haviam escolhido o presidente do Parlamento, o veterano socialista Filippos Petsalnikos, a menos que surgissem imprevistos de última hora.

Mas os imprevistos surgiram, com grandes seções do partido Pasok, de Papandreou, e da legenda conservadora Nova Democracia recusando-se a apoiar Petsalnikos depois de uma busca de três dias por alguém para liderar a coalizão até as eleições no início de fevereiro. Gregos e credores internacionais do país assistiram com horror crescente por três dias a como líderes partidários divergiram sobre uma lista cada vez menor de candidatos confiáveis para liderar a coalizão de unidade nacional, depois que o governo de Papandreou implodiu.

A Grécia vai ficar sem dinheiro no mês que vem, a menos que o próximo governo concorde com os financiamentos de emergência da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), credores remanescentes de Atenas, incluindo um pacote de socorro de 130 bilhões de euros. Alguns parlamentares disseram que os partidos teriam de voltar a um plano anterior – aparentemente parado – de escolherem Lucas Papademos, ex-vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), para chefiar o novo governo como um tecnocrata e dar-lhe a credibilidade que os políticos perderam há muito tempo.

“A única solução é Papademos. Se ele aceitar, amanhã de manhã (hoje) vamos ser capazes de formar um governo forte, que vai tirar o país da crise”, disse o deputado socialista Spyros Vougias. Papandreou e o líder do partido Nova Democracia, Antonis Samaras, começaram a conversar com o presidente grego, Karolos Papoulias, sobre uma nova coalizão para salvar a Grécia da falência. Mas, antes que os líderes de partidos menores pudessem se juntar a eles para selar a coalizão, as negociações foram abruptamente interrompidas. O gabinete do presidente disse que uma reunião de líderes partidários será realizada hoje.

FMI alerta para riscos

Com o impasse na Grécia e o agravamento da crise na Itália, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, advertiu nessa quarta-feira, em Pequim, sobre o “risco de espiral de instabilidade financeira mundial” se as economias do planeta não reagirem conjuntamente à crise. “A economia mundial entrou em uma fase perigosa e incerta”, ressaltou a diretora-gerente do Fundo, que advertiu que a Ásia também pode ser afetada. “Estamos todos no mesmo barco e nosso destino será crescer ou cair juntos.”


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