Funcionários dos Correios em Minas voltam ao trabalho, mas mantêm estado de greve

Funcionários dos Correios em Minas Gerais voltaram ao trabalho nesta sexta-feira, apesar de manter o estado de greve. O secretário-geral do sindicato no Estado, Robson Silva, explicou que a categoria mineira rejeitou a proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST) com a Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) e disse que a "greve pode ser retomada a qualquer momento". Uma nova assembleia para discutir e analisar o movimento foi marcada para a próxima quarta-feira. Ontem, Minas Gerais, foi o último estado do país em greve.

De acordo com os Correios, 96% dos empregados que aderiram à paralisação que durou 28 dias, voltaram às atividades nessa quinta-feira. Com o retorno dos grevistas ao trabalho, os Correios esperam normalizar a distribuição de correspondências no prazo de sete a dez dias. Os serviços que foram suspensos durante a greve, caso do Sedex 10, Sedex Hoje e Disk Coleta, voltarão a funcionar até o dia 24. Ontem, a estatal realizou mais um mutirão que entregou 8 milhões de correspondências e fez a triagem de outros 17,8 milhões em todo o País. No próximo final de semana, a empresa fará outro mutirão, desta vez com a participação dos trabalhadores que estavam em greve, e que iniciam a compensação dos dias de paralisação, além de voluntários da empresa. Segundo os cálculos dos Correios, o prejuízo, com a greve, chegou a cerca de R$ 20 milhões por dia.

Na última terça-feira, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que os funcionários dos Correios voltassem ao trabalho a partir de quinta-feira. No julgamento do dissídio coletivo, o TST autorizou a empresa a descontar no salário dos grevistas o equivalente a sete dias de paralisação e os demais 21 dias de greve devem ser compensados com trabalho extra nos fins de semana.