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Estado de Minas STEVE JOBS - 1955 - 2011

A vida real do mago da Apple

"Fiz muitas coisas que não acho louváveis, como ter engravidado minha namorada aos 23 anos" - Em sua biografia autorizada, a ser lançada no dia 24


postado em 09/10/2011 08:49

A trajetória de Steve Paul Jobs, morto aos 56 anos de câncer no pâncreas na quarta-feira, é daquelas que nos remetem às ironias e mistérios da existência humana. Como se sabe, poucos são os que escrevem o nome na história da humanidade. Mais raros são os que ficam eternizados como gênios. Pois foi de um desses gênios – da tecnologia – que os pais biológicos abriram mão. De classe média e vivendo numa América puritana dos anos 50, a mãe, Joanne Simpson, estudante da Universidade de Wisconsin, sucumbiu à pressão da família ao se ver solteira e grávida, aos 23 anos, de um professor de ciência política, o sírio Abdulfattah Jandali, de família milionária em seu país.

Ela resolveu entregar o bebê nascido em 24 de fevereiro de 1955 para adoção em São Francisco, na Califórnia, "para não envergonhar a família", conforme contou recentemente o pai sírio. O que Jandali não revela é por que ele, de família rica, não assumiu a criação da criança. A favor da mãe biológica há o fato de ela não ter optado pelo aborto e se empenhado em escolher os futuros pais adotivos para ter a certeza de que o menino seria bem-criado. Na avaliação dela, os pais precisavam ter curso superior. Os primeiros escolhidos foram um advogado e sua mulher. Mas eles queriam uma menina, e o bebê que Joanne e Abdulfattah não quiseram criar foi rejeitado de novo porque era do sexo masculino.

Mas o destino parecia estar escrito. Paul e Clara Jobs estavam na fila de adoção em São Francisco, mas não tinham curso superior. Ele era mecânico, com ensino médio incompleto, e ela, técnica em contabilidade. E Steve lhes foi oferecido. A mãe biológica não gostou de início, mas concordou em entregar a criança após o casal prometer pagar uma faculdade para o menino. Paul e Clara adotaram também, três anos depois, uma menina, Patti Jobs. Passaram-se 11 anos e a família mudou-se para Palo Alto, cidade do futuro polo da tecnologia chamado de Vale do Silício, na Califórnia. Steve interessou-se por eletrônica ainda criança, graças à nova família. Ele passava horas com o pai adotivo, de quem recebeu o segundo nome e o sobrenome, montando e desmontando equipamentos eletrônicos na garagem de casa e também na de vizinhos.

RESERVADO O gênio da Apple levou a vida pessoal de forma reservada, longe dos holofotes. Aos 35 anos, tomou um fora da namorada Tina Redse, que recusou seu pedido de casamento. Um ano depois, em 1991, sob o argumento de "amor à primeira vista", segundo ele, casou-se com Laurene Powell, com quem teve três filhos: Reed Paul, Erin Sienna e Eve. Ele também é pai de Lisa Brennan, nascida em 1978, de um relacionamento com a artista plástica Chrisann Brennan, quando ele tinha 23 anos. Jobs só assumiu a filha nove anos depois. Na sua biografia autorizada, a ser lançada mundialmente em 24 de outubro, ele admite que agiu mal com a ex-namorada e a filha Lisa.


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