A greve nacional dos bancários completa dez dias nesta quinta-feira sem previsão para terminar. Em Minas Gerais, a paralisação nas agências e nos centros administrativos de bancos públicos e privados saltou para 86%. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) considera a atual greve a mais 'forte' dos últimos 20 anos. De acordo com balanço divulgado ontem, a paralisação atinge 8.556 unidades de bancos públicos e privados em todos os 26 estados e o Distrito Federal. Este número supera o pico do movimento de 2010, quando 8.278 unidades foram paradas.
Nesta quinta-feira, dia 6, às 15h30, os bancários voltam a se reunirem em assembleia em frente a agência Século da Caixa, rua Carijós, 218, esquina com rua Espírito Santo para discussão e deliberação sobre os rumos da greve.
Já a categoria quer valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), abertura de contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, extinção de metas que consideram abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades e melhoria do atendimento aos clientes.
Correios
A greve dos funcionários da estatal também segue por tempo indeterminado. Ontem, a maioria dos sindicatos de trabalhadores dos Correios rejeitou, em assembleias promovidas em todos os estados e do Distrito Federal, o acordo fechado entre a Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) e a direção da estatal, na audiência de conciliação do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Com a decisão, a greve da categoria, que já dura 23 dias, prosseguirá e será julgada na segunda-feira pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos. Os trabalhadores dos Correios de Minas Gerais foram contra o acordo.
Segundo o secretário-geral da Fentect, José Rivaldo da Silva, pelo menos 18 dos 35 sindicatos da categoria se posicionaram contra o acordo de ontem, que previa aumento real de R$ 80 a partir de outubro e aumento linear de salários e benefícios de 6,87%.