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Estado de Minas

Delegação uruguaia viaja ao Brasil para tratar de aumento do IPI

A missão liderada pelo vice-ministro de Economia, Luis Porto, viajará ao Brasil na noite desta segunda-feira


postado em 26/09/2011 19:45 / atualizado em 26/09/2011 19:47

Uma delegação governamental uruguaia se reunirá nesta terça-feira com autoridades brasileiras para pedir que o Uruguai seja excluído de um aumento de 30 pontos percentuais no imposto a veículos importados anunciado pelo Brasil há 15 dias e que já provocou a paralisação de uma fábrica uruguaia, informaram fontes oficiais.

A missão liderada pelo vice-ministro de Economia, Luis Porto, viajará ao Brasil na noite desta segunda-feira, indicou o ministro da Indústria e Energia, Roberto Kreimerman, em coletiva de imprensa.

"A reunião centra-se em um pedido de tratamento semelhante para o Uruguai do que o dado a empresas no Brasil, que sejamos colocados dentro de um mesmo marco", afirmou o ministro, destacando a "rápida resposta da presidente Dilma" Rousseff que, segundo Montevidéu, conversou na sexta-feira com o presidente uruguaio, José Mujica, para fixar o encontro entre as delegações.

O aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) - que já provocou o fechamento temporário de uma fábrica de autopeças no Uruguai - foi adotado em meados de setembro e se aplica aos importadores que não tiverem atividade industrial no Brasil, o que afeta quatro grandes fábricas uruguaias.


"A expectativa é que o Brasil compreenda a gigantesca assimetria existente entre uma realidade e outra, e certamente encontre uma forma de reafirmar que seu caminho de desenvolvimento está em condições de respeitar as assimetrias em relação aos países menores e encontrar fórmulas de entendimento para não sacrificar nosso próprio processo industrial", destacou o vice-chanceler Roberto Conde.

Conde reafirmou "de forma definitiva e categórica" o compromisso do país com o Mercosul, integrado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, depois que o próprio Mujica criticou duramente na sexta-feira as medidas "protecionistas" adotadas pelos parceiros maiores do bloco, considerada pelo presidente uruguaio um "erro político", e afirmou que tendem a "desvirtuar na prática o papel da integração".

O Brasil é o principal parceiro comercial do Uruguai, com uma troca de 3 bilhões de dólares em 2010. A balança comercial é negativa para o Uruguai, em torno de 190 milhões de dólares, segundo o instituto Uruguai XXI.

As exportações da indústria automobilística uruguaia ao Brasil representam 8% das vendas anuais a esse país. Em 2010, as exportações de veículos ao Brasil subiram para 331 milhões de dólares e as de autopeças para 228 milhões de dólares.


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