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Estado de Minas

Zara se defende de acusação de trabalho escravo e anuncia disque-denúcia

Empresa é investigada pelo Ministério Público por usos de mão de obra escrava em produção terceirizada de roupas


postado em 14/09/2011 18:38 / atualizado em 14/09/2011 18:49

O representante do grupo Inditex, do qual a empresa de confecção Zara faz parte, Jesus Echevarria, afirmou na tarde desta quarta-feira que os casos de trabalho escravo revelados numa investigação do Ministério Público do Trabalho de São Paulo ferem os princípios e os interesses do grupo.

Echevarria disse que depois das denúncias o grupo, que tem 50 fornecedores no Brasil, tomou várias providências para combater esse tipo de crime. Entre elas, o fortalecimento do monitoramento da cadeia produtiva, a implementação de programa de capacitação de fornecedores e a elaboração de um manual de boas práticas para a indústria têxtil. O grupo ainda criou uma linha

telefônica só para receber denúncias de trabalho escravo. O número é o 0800 770 9242 e entra em operação nesta quarta-feira, a partir das 16h.

A empresa Zara é acusada de manter, em São Paulo, trabalho escravo por meio de empresas terceirizadas. A investigação foi feita pelo Ministério Público do Trabalho. A representante do grupo Inditex participa de uma audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Representantes do Ministério da Justiça, Ministério Público do Trabalho, do Itamaraty e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) também participam do debate.

Segundo o auditor-fiscal Luís Alexandre de Faria, que coordenou a investigação que flagrou a prática de trabalho escravo por empresas terceirizadas pela Zara, os maiores problemas com relação a trabalho escravo no Brasil estão diretamente ligados às cadeias de produção nas áreas de vestuário e da construção civil. “O crime de trabalho escravo na capital paulista veio à tona depois de uma CPI da Assembleia Legislativa de São Paulo, quando grandes oficinas, que exploravam trabalhadores bolivianos, foram identificadas. Até coletes de recenseadores do IBGE foram encontrados. Na época, o instituto foi notificado”, afirmou.

Representantes do ministério da Justiça, Ministério Público do Trabalho, do Itamaraty e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) também participam do debate, proposto pelos deputados Arnaldo Jordy (PPS-PA), Geraldo Thadeu (PPS-MG) e Manuela d'Ávila (PcdoB-RS).

 

As informações são da Agência Câmara


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