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Estado de Minas

Brics discutem ajuda à Europa

Ministros de finanças e presidentes dos bancos centrais do bloco vão se reunir na próxima semana, em Washington


postado em 14/09/2011 06:00 / atualizado em 14/09/2011 07:12

Os países do Brics estão em conversas iniciais a respeito de um aumento das compras de títulos denominados em euros em um esforço para amenizar a crise da dívida na Europa, afirmou nessa terça-feira uma fonte do governo brasileiro. As conversas ainda estão em "estágio preliminar", disse a fonte, que pediu para não ser identificada porque as conversas ainda estão acontecendo. A fonte disse que qualquer ação não envolveria "a maioria" das reservas dos países, mas não deu detalhes adicionais. O Brics é formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Na semana passada, o ministro da Itália - um dos países mais atingidos pela crise - se reuniu com o presidente do fundo soberano chinês.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que os ministros de Finanças e os presidentes de bancos centrais do Brics vão discutir a crise da zona do euro num encontro em 22 de setembro, em Washington. "A gente vai se reunir semana que vem e vai discutir como fazer para ajudar a União Europeia a sair dessa situação", disse Mantega a jornalistas em Brasília.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega quer, antes do encontro da próxima semana, conversar com seus pares dos países do Brics para afinar as eventuais propostas que possam ajudar a zona do euro, informou também nessa terça-feira uma fonte próxima ao assunto.

 A crise de dívida na zona do euro têm sacudido os mercados globais há mais de um ano, com o aumento das especulações recentemente de que a Grécia poderia declarar moratória ou mesmo deixar o bloco monetário, formado por 17 países.

 

Dilma defende consumo contra a crise

 

Araçatuba (SP) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nessa terça-feira que o país deve continuar consumindo para combater a crise econômica internacional e reforçou que, contra a crise, o governo federal tem feito parcerias com o governo do Estado. Durante a assinatura de mais um convênio com o governo paulista, desta vez no valor de R$ 1,5 bilhão para a modernização da hidrovia Tietê Paraná, em Araçatuba, Dilma justificou a proximidade com o governo liderado pelo tucano Geraldo Alckmin como uma forma de o país se prevenir contra a crise internacional. No mês passado, a presidente já havia feito duas parcerias com o tucano nas áreas de programas sociais e habitação.

“Enquanto eles discutem como fica a crise da dívida de seus bancos, nós estamos aqui gastando o nosso dinheiro em parcerias público-privadas, em parcerias entre o governo federal e o governo estadual para criar desenvolvimento, emprego e renda para nosso país”, disse Dilma, que repetiu a receita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na crise global de 2009: “A melhor forma de resistir à crise é não ficar de braços cruzados, não nos atemorizar, mas continuar consumindo, produzindo, investindo em infraestrutura, plantando e colhendo e assegurando as nossas indústrias o seu componente nacional”, destacou a presidenta.

Além do convênio para a hidrovia Tietê Paraná, que contará com R$ 900 milhões do PAC2 e R$ 600 milhões do governo paulista, Dilma lançou a pedra fundamental para a construção do estaleiro Rio Tietê, no valor de R$ 40 milhões, por parte da empresa de logística da Petrobras, a Transpetro. A obra em Araçatuba, a 560 quilômetros de São Paulo, tem previsão de ser concluída em 2014, quando contará com 80 embarcações e 20 empurradores, com uma capacidade de transporte de 7,6 milhões de litros de etanol.

 

Divergência global

 

São Paulo - Desde que cortou a taxa de juros em 0,50 ponto porcentual no dia 31 de agosto, o Banco Central (BC) brasileiro encontrou respaldo apenas das autoridades monetárias da Armênia, Tunísia e Sérvia, enquanto que outros 15 bancos centrais mantiveram os juros inalterados, não endossando o cenário de forte deterioração da economia mundial descrita pelo BC brasileiro. Entre os que decidiram esperar antes de baixar os juros para ver o que acontece com a economia global estão o Banco Central Europeu (BCE) e os BCs da Austrália, do Japão, do Canadá, da Suécia e do Reino Unido.

Já os BCs da Uganda e da Bielo-Rússia elevaram fortemente a taxa básica de juros. "Isso é uma evidência que o nosso Banco Central está se antecipando a uma piora no cenário da economia internacional que, na verdade, não aconteceu ainda, razão pela qual esses outros bancos centrais ainda não agiram", disse o diretor de pesquisa de mercados emergentes para Américas da Nomura Securities, Tony Volpon. Ele lembrou que, apesar de a fonte principal da instabilidade dos mercados financeiros mundiais ser a crise da dívida da zona do euro, o BCE não cortou juros. "O que se questiona é até que ponto um banco central deve apostar num cenário que não é aquele base do mercado e dos outros bancos centrais", acrescentou Volpon. "O BC brasileiro foi prematuro."

No centro da crise mundial, o Banco Central Europeu manteve uma avaliação bem menos pessimista do que o BC brasileiro. Ao manter a taxa de juros da zona do euro em 1,50%, no dia 8 de setembro, o BCE disse que trabalha com um crescimento econômico da zona do euro ainda moderado e não uma recessão, apesar das incertezas do cenário. E avisou: "Permanece essencial para a política monetária focar no seu mandato de manter a estabilidade de preço no médio prazo". 


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